Quando chegou a notícia, acompanhada das imagens chocantes da cara de Berlusconi coberta de sangue depois do comício em Milão, no domingo passado, vários colegas jornalistas vaticinaram: “Vocês vão ver, vão dizer que a culpa é nossa”.
Por Vera Gonçalves de Araújo, no Terra Magazine
No último domingo (13), justamente no fim de um comício em Milão, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi se dirigia a sua limusine quando foi atacado por um cidadão, que atirou contra o premiê uma miniatura metálica do Duomo, a catedral da cidade.
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, foi agredido no domingo (13) após um comício de seu partido,PDL (Povo da Liberdade), na praça do Duomo, em Milão. Berlusconi deixou o local do ato político com o rosto ensanguentado. Segundo os médicos que o atenderam, ele teve lesões na boca e nos dentes, além de uma fratura no septo nasal, e deve demorar 20 dias para se recuperar totalmente da agressão.
Na sexta-feira (4) a capa deste jornal dava corpo a uma sensação que era também uma esperança e um voto: Saiam a campo, escrevemos sob a foto de um grupo muito jovem, tendo nas mãos o manifesto do 'No B Day' [Dia do Não a Berlusconi]. Pois bem, ontem (5), viu-se nas ruas de Roma algo realmente novo, inédito. E promissor.
Por Dino Greco, no Liberazione*
Uma convocação feita através do Facebook produziu uma manifestação-monstro nas ruas de Roma neste sábado (5), pedindo a demissão do primeiro ministro Silvio Berlusconi. Popular e pouco politizado, o protesto reuniu 500 mil pessoas, segundo algumas agências, e 90 mil, no cálculo da polícia. Na linha de frente da passeata, um gigantesco jogo de letras amarelas formava a palavra "Demita-se".
A denúncia foi feita por Gáspare Spatuzza, antigo assassino contratado e testemunha no julgamento de um caso que envolve a máfia. Spatuzza foi ouvido nesta sexta-feira (4), pela primeira vez, numa audiência pública no âmbito do recurso interposto por Marcello Dell’Utri, próximo do Governo italiano.
A agenda política italiana, a judiciária e talvez o destino do primeiro ministro Silvio Berlusconi estarão em suspense nesta sexta-feira (4). A corte de apelação de Palermo, transferida por razões de segurança da Sicília para um tribunal-bunker em Turim, na outra extremidade do país, ouvirá o testemunho ,afioso arrependido Gaspare Spatuzza, dentro de um recurso do processo do senador Marcello Dell'Utri. Este, colaborador histórico de Berlusconi, foi condenado em 2004, em primeira instância, a nove anos de prisão por associação mafiosa.
O filósofo comunista italiano Gianni Vattimo, de 73 anos mostra-se desiludido com o rumo tomado pela Europa e ao mesmo tempo está entusiasmado com o papel de Lula no Brasil, na América Latina e no mundo. Vattimo elogia a decisão de receber o líder do Irã e ainda pede a liberdade do ativista italiano Cesare Battisti.
A esquadra móvel de Palermo e o procurador de Justiça Giancarlo Capaldo ainda não têm resposta para três dúvidas fundamentais a respeito da morte do transexual brasileiro conhecido como Brenda e envolvido no escândalo que derrubou Piero Marrazzo, governador da região Lázio.
Por Wálter Fanganiello Maierovitch, no Terra Magazine
O arrevesado e ambíguo caso de espionagem e chantagem que acabou há algumas semanas com a carreira política do ex-governador do Lazio, Piero Marrazzo (centro-esquerda), ganhou na sexta-feira (20) sua segunda vítima mortal.
O caso Cesare Battisti é, além de um teste privilegiado para se saber se a democracia, no Brasil, já conseguiu efetivamente fincar alguma relação real com a nossa história, uma ocasião que pode nos ensinar, de modo igualmente privilegiado, algumas lições sobre o significado do fascismo, bem como de sua sempre alegada ausência no Brasil e nos dias que correm, mundo afora, como na Itália de Berslusconi. Reproduzido da agência Carta Maior.
Cerca de 50 municípios da província de Palermo, Itália, estão submersos em lixo e, em alguns deles, as autoridades já decidiram fechar as escolas.