Formalmente, o Brasil é visto como um país de paz religiosa. Este consenso ideológico, no entanto, é desafiado quando observamos religiões sendo, cotidianamente, discriminadas por adeptos de outros grupos religiosos e excluídas das políticas públicas do Estado. Neste contexto, religiões de ancestralidades africanas são os mais frequentes alvos, indicando que a intolerância religiosa é, sim, uma questão a enfrentar grandes desafios na sociedade brasileira.
Portaria do Ministério da Educação, publicada nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União, libera R$ 100 milhões para a oferta de vagas na formação profissional pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Em outubro de 1999, o jornal Folha Universal estampou em sua capa uma foto da iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, em publicação com o título "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". A casa da Mãe Gilda foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente e seu terreiro, depredado por integrantes de outro segmento religioso. Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, vítima de um infarto.
Um ato simbólico nesta quarta-feira (21/1), às 8h, no Parque do Abaeté, em Salvador, será umas das atividades em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído em memória da baiana Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, que faleceu em 2000 após agravamento de problemas de saúde, resultado de atitudes em desrespeito a sua fé.
A União de Negros pela Igualdade (Unegro), o Afrogabinete de Articulação Institucional e Jurídica (Aganju) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizam, nesta quarta-feira (21/1), em Salvador, uma mesa-redonda para discutir a Intolerância Religiosa e a Liberdade de Expressão. O encontro será na sede estadual da OAB, no Centro da capital baiana, a partir das 9h.
A secretária nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, Olívia Santana, comemorou a inauguração do busto da ialorixá Mãe Gilda, símbolo da luta contra a intolerância religiosa, na Lagoa do Abaeté, um dos pontos mais conhecidos da capital baiana, na última sexta-feira (28/11). Olívia é autora do projeto que criou o Dia Municipal de Combate ao Racismo, em Salvador, no 21 de janeiro, em alusão à data de morte de Mãe Gilda.
A secretária nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, Olívia Santana, comemorou a inauguração do busto da ialorixá Mãe Gilda, símbolo da luta contra a intolerância religiosa, na Lagoa do Abaeté, um dos pontos mais conhecidos da capital baiana, na última sexta-feira (28/11). Olívia é autora do projeto que criou o Dia Municipal de Combate ao Racismo, em Salvador, no 21 de janeiro, em alusão à data de morte de Mãe Gilda.
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 7582/14, da deputada Maria do Rosário (PT-RS), que define crimes de ódio e intolerância. O objetivo é punir a discriminação baseada em classe e origem social, orientação sexual, identidade de gênero, idade, religião, situação de rua, deficiência, condição de migrante, refugiado ou pessoas deslocadas de sua região por catástrofes e conflitos.
Há muita intolerância no Brasil. É contraditório que, numa gleba de convívio na diferença, seus meio-cidadãos se comportem como se estivessem frente a alienígenas de mesma nacionalidade. Com esta afirmação, não me refiro somente às divisões econômicas entre ricos e pobres, que todos conhecemos.
Por Bruno Peron*
Em protesto contra a intolerância religiosa, fortalecida com a decisão do juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara da Justiça Federal no Rio de Janeiro, esta semana, o CEN (Coletivo de Entidades Negras) saiu em caminhada do Largo do Pelourinho à Estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé, nesta quarta-feira (21/05). O ato político pediu a garantia dos direitos das religiões de matrizes africanas no país.
Na manhã desta terça-feira (21), a Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi palco de uma celebração ecumênica em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa – 21 de janeiro. Com o tema “Basta de Intolerância, diga sim à convivência pacífica entre as religiões”, o ato reuniu líderes religiosos em prol da boa convivência e com o intuito de fortalecer a cultura de paz.
Uma celebração ecumênica na manhã desta terça-feira (21/01), a partir das 9h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Canela, em Salvador, marcará a passagem do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, Lei 11.635/07, de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA). O encontro reunirá líderes religiosos dos mais diversos segmentos, em defesa da paz e da boa convivência religiosa.