Em um período de 24 horas nesta semana, um terreiro religioso de matriz africana em Brasília e a sede da confederação nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Bernardo do Campo (SP), foram vítimas de incêndio e depredação, respectivamente. O terreiro Axé Oyá Bagan ficou completamente destruído.
Quase mil casos de intolerância religiosa foram registrados pelo Centro de Promoção da Liberdade Religiosa & Direitos Humanos (Ceplir) no estado do Rio de Janeiro, em dois anos e meio. Entre julho de 2012 e dezembro de 2014, foram registradas 948 queixas. As denúncias envolvendo intolerância contra religiões afro-brasileiras totalizaram 71% dos casos.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que os casos de linchamento que ocorrem em vários estados são resultado de uma intolerância generalizada que existe atualmente no país. “Eu tenho raiva, eu tenho ódio do outro porque ele é diferente, porque ele teve uma atitude que não acato ou até mesmo porque ele teve uma atitude não condizente com a lei do Brasil.
O Rio de Janeiro terá um conselho estadual de enfrentamento à intolerância religiosa até o fim do ano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6) pela secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cristina Cosentino, durante a posse dos novos integrantes do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa.
O Rio de Janeiro terá um conselho estadual de enfrentamento à intolerância religiosa até o fim do ano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6) pela secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cristina Cosentino, durante a posse dos novos integrantes do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa.
O Rio de Janeiro terá um conselho estadual de enfrentamento à intolerância religiosa até o fim do ano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6) pela secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cristina Cosentino, durante a posse dos novos integrantes do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa.
Um grupo de trabalho contra a intolerância religiosa foi criado, na noite dessa segunda-feira (29), pelo Ministério da Cultura (MinC), a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). O objetivo é unir esforços no combate à intolerância, além de promover iniciativas positivas de valorização da diversidade religiosa e cultural brasileira.
Casos recentes de agressões por motivos religiosos reacendem o debate sobre liberdade de culto no país. Saonara dos Santos conta o drama de quem vive na pele este tipo de violência.
Em vídeo, o deputado federal Wadson Ribeiro (PCdoB/MG) condenou intolerância religiosa e repudiou os recentes casos de intolerância religiosa no Brasil. O parlamentar comunista falou ainda do projeto de lei 979/2015, apresentado por ele na Câmara Federal, que propõe a criminalização da discriminação pelo uso de vestimentas e paramentos religiosos.
Atos de intolerância ocorreram no país nos últimos dias. A menina candomblecista, Kaylane, foi agredida com pedradas após um culto. Outros casos, como o do médium Gilberto Arruda, que foi encontrado morto na última quinta-feira (18), e o vandalismo no túmulo de Chico Xavier, estão sendo tratados como supostos crimes de intolerância. A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP), em entrevista ao Portal Vermelho, comenta sobre o preconceito contra as religiões de matrizes africanas.
Por Laís Gouveia
Centenas de pessoas e representantes de religiões se reuniram neste domingo (21), na Vila da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, em um ato contra a intolerância religiosa e em apoio à menina Kayllane Campos, 11 anos, vítima de agressão no último dia 14. Com cartazes que sugeriam “Compartilhar o Amor”, “Mais amor, por favor”, “Deus ama você, sou cristão da paz”, “Basta! Não à intolerância! Respeito. É bom, eu quero!”, os manifestantes defendiam a liberdade religiosa.
A Polícia Civil está em busca de imagens e testemunhas que possam ajudar a identificar os suspeitos de terem apedrejado uma menina de 11 anos adepta do Candomblé, por intolerância religiosa, na zona norte do Rio, no último domingo (13). O caso foi registrado ontem (15) na 38ª Delegacia de Polícia de Irajá, e a vítima, que está em casa, já foi ouvida e encaminhada para o exame de corpo de delito.