Milhares de militantes dos mais diversos movimentos sociais e partidos de esquerda se reuniram para um “abraço” no Instituto Lula na tarde desta sexta-feira (7). Com flores brancas e vermelhas, a esquerda presenteou o ex-presidente Lula no mesmo lugar onde há pouco mais de uma semana a direita jogou uma bomba.
O diretor do Instituto Lula, Celso Marcondes, em entrevista à Rádio Brasil Atual, falou sobre a gravidade do atentado à instituição e alertou para o fato da grande mídia minimizar o acontecido, o que pode incentivar a outros episódios como esse. Sobre as investigações, o deputado estadual Geraldo Cruz (PT/SP) garantiu que a bancada petista na Assembleia Legislativa de SP vai lutar para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível.
É notável o empenho dos veículos de comunicação em minimizar a importância do ataque a bomba contra o Instituto Lula. A gravidade do fato não está na qualidade ou potência do artefato explosivo e sim na sua natureza, na expressão de ódio e intolerância para com a corrente política que o ex-presidente da República representa.
Por Tereza Cruvinel, no Brasil 247
Na história da humanidade foi sempre assim: o ódio das bombas é precedido pelo ódio das palavras. O Instituto Lula, em São Paulo, acaba de ser atacado por uma bomba caseira, lançada durante a noite. Percebam a gravidade da situação. Imaginem um Instituto Clinton, ou Instituto Chirac, ou ainda o Instituto FHC atacado de forma violenta. Um escândalo. Um ataque à democracia.
Por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feria (31), que determinou ao comando da Polícia Federal que investigue as circunstâncias do ataque a bomba contra o Instituto Lula, em São Paulo.
Na noite desta quinta-feira (30), uma bomba de baixo teor explosivo foi lançada contra a sede do Instituto Lula, deixando um rombo na porta de alumínio.
A revista Época tirou de seu site um artigo de novembro de 2002 que relatava como, em um jantar, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu apoio financeiro de 12 empresários para inaugurar seu instituto. Juntas, as doações somaram R$ 7 milhões (valor atualizado pelo IGPM em R$ 16,3 milhões). Entre os doadores, está Luiz Nascimento, da Camargo Corrêa.
A bancada do PT na CPI da Petrobras apresentou nesta quarta-feira (17) apresentou requerimentos para convocar e quebrar os sigilos de Sérgio Fausto, superintendente do Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC).
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto afirmou que ''é muita coincidência'' a divulgação às vésperas do 5º Congresso do PT – que iniciou nesta quinta (11) e vai até sábado (13) – do laudo da Operação Lava Jato mostrando uma doação da Camargo Corrêa.
Após duas horas de discussão e tentativas de adiamento das votações previstas para esta quinta-feira (11), deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras aprovaram em menos de 30 segundos todos os 140 requerimentos previstos que incluíam a convocação de envolvidos na Lava Jato.
Segundo a grande mídia, a Operação Lava-Jato vai solicitar à Camargo Corrêa que explique os motivos de três pagamentos devidamente contabilizados realizados ao Instituto Lula que totalizam R$ 3 milhões entre 2011 e 2013. No entanto, a mesma construtora doou R$ 7 milhões ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a criação do instituto que leva seu nome. Dessa doação, não há nada que se explicar?
O secretário de Comunicação do PT, José Américo, comentou nesta quinta-feira (11) a decisão da CPI da Petrobras de convocar o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para depor.