Cerca de 200 manifestantes bloquearam nesta segunda-feira (03) o acesso a uma usina nuclear em Somerset (oeste da Inglaterra) em protesto pela construção de dois novos reatores nucleares, os primeiros de oito previstos no Reino Unido.
O desemprego no Reino Unido subiu entre maio e julho de 2011, alcançando o total de 2,51 milhões de desempregados, o maior aumento trimestral em quase dois anos, informou nesta quarta-feira (14/09) o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).
Leio comparações entre os tumultos em Londres e em outras cidades europeias – vitrines quebradas em Atenas, carros incendiados em Paris. E há paralelos, sem dúvida: uma fagulha lançada pela violência policial, um geração que se sente esquecida. Esses eventos foram marcados por destruição em massa, com poucos saques.
Por Naomi Klein*, em The Nation
O primeiro-ministro inglês não tem dúvidas. As revoltas nas ruas das cidades inglesas são apenas "criminalidade". Resultam de um "colapso moral" e de: "Irresponsabilidade. Egoísmo. Comportamentos que ignoram as consequências dos próprios atos. (…) Recompensas sem esforço. Crime sem castigo. Direitos sem responsabilidades" (CNN, 15.8.11). Alguém deveria oferecer um espelho a David Cameron.
Por Jorge Cadima, em Avante!
Sem perguntar como é possível fazer justiça tão rápida, o diário espanhol El País nos conta que os tribunais julgam, em um ritmo de 10 por hora, os acusados de participar dos recentes distúrbios no Reino Unido.
Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne
Diante das manifestações que tomaram a cidade de Londres, a Inglaterra cogita bloquear os serviços de redes sociais, como Facebook e Twitter, além do serviço de mensagens do BlackBerry, o BlackBerry Messenger (BBM). Supõe-se que tais meios digitiais estejam sendo utilizados para a comunicação e organização entre os participantes dos atos públicos.
Em entrevista ao Globonews, o sociólogo Silvio Caccia Bava faz uma análise aguçada sobre os últimos acontecimentos em Londres. Enquanto os jornalistas insistem em criminalizar os protestos, o sociólogo os contradiz, afirma que a reação violenta é uma resposta à falta de políticas públicas e à criminalização da juventude pobre, negra e marginalizada da Inglaterra. Vencida a polêmica, só restou à Globo encerrar a entrevista.
O discurso, realizado na segunda-feira (8), por uma britânica enfrentando um grupo de jovens saqueadores no bairro de Hackney, em Londres, se transformou em sucesso na internet. O vídeo já tem mais de 1,6 milhão de acessos. Pauline Pearce, de 45 anos, aparece apoiada sobre uma bengala e dá um sermão a jovens dizendo-se envergonhada com o comportamento deles e afirmando que eles deveriam estar lutando por uma causa e não simplesmente saqueando lojas.
As revoltas que explodiram na noite de sábado (06), no bairro de Tottenham se espalharam para outras regiões de Londres na noite de domingo, que foi marcada por saques e violência em ruas da cidade. Grupos de jovens enfrentaram a polícia, nos distúrbios que terminaram com 100 detidos e pelo menos nove policiais feridos.
A ex-editora do tabloide News of the World, Rebekah Brooks, foi presa neste domingo (17) em Londres. Brooks deixou a posição de presidente-executiva do grupo News International, pertencente a Rupert Murdoch, na última sexta-feira (15) após enfrentar pressão devido a seu suposto envolvimento com o escândalo de grampos telefônicos e compra de informações de policiais.
O magnata australiano Rupert Murdoch se desculpou neste sábado (16) pela polêmica das escutas ilegais em seus veículos com uma mensagem pessoal nos sete principais periódicos britânicos.
Um dia depois do fechamento do tabloide sensacionalista The News of the World, o grupo editorial de Rupert Murdoch está ás voltas com novas denúncias de práticas jornalísticas ilegais. De acordo com a emissora britânica BBC, o jornal The Sunday Times tentou espionar Gordon Brown quando ele era primeiro-ministro do Reino Unido.