O jornalista Altamiro Borges entrevista a economista Marilane Oliveira Teixeira, assessora sindical e pesquisadora do trabalho.
Para economista Fernando de Aquino, do Cofecon, economia vai se recuperar, mas mantendo a tendência de empregos precários.
As reformas pretendidas por Paulo Guedes, em especial a trabalhista, configuram uma inovação retrógrada.
Segundo dados do IBGE, em lugares como Bahia e Sergipe a taxa se aproxima de 20%. Desemprego também é maior entre mulheres (14,9%) e negros (17,8%).
A informalidade apresenta efeitos imediatos, muito influenciados pela reforma trabalhista, mas também traz consequências a longo prazo
Negros e outros grupos étnicos minoritários há muito enfrentam desigualdades econômicas e raciais na Grã-Bretanha. Quando os trabalhadores retornam da quarentena, muitos ficam sobrecarregados com dívidas e trabalham mais horas por menos salário.
Militantes da luta antirracismo discutiram que a vulnerabilidade da população negra na pandemia, é anterior ao novo coronavírus, e se acirra com a necropolítica de Bolsonaro
Cientista social explica o heroísmo dos trabalhadores por aplicativo em realizar uma greve, considerando o nível de vigilância que sofrem e as retaliações imediatas. Segundo ele, o diálogo com a esquerda precisa levar em consideração, num primeiro momento, as reivindicações mínimas que estão fazendo, sem impor a formalização.
Segundo o Banco Mundial, 70% dos empregos nos países em desenvolvimento são informais e, em um terço dessas economias, quatro em cada 10 trabalhadores cairiam na pobreza se deixassem de trabalhar.
Representantes de nove centrais sindicais debateram a importância da unidade sindical para combater os efeitos mortais da covid-19 entre os trabalhadores mais vulneráveis, assim como se preparar para o debate sobre o trabalho pós-pandemia.
Para sociólogo, a uberização se acentua durante a pandemia, como uma experiência de informalização total do trabalho. O proletariado deixa de ser trabalhador para ser prestador de serviço num ambiente informal de profunda exploração.
A informalidade atinge 41% dos trabalhadores. Sem direitos ou futuro, buscam sobreviver. Cenário perfeito para o projeto ultraliberal: usar algoritmos para gerenciar massa desiludida. Mas, com a pandemia, um princípio de resistência desponta