Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (1º), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou decreto de São Paulo que garante incentivos fiscais para a instalação de indústrias de tablets no estado. Para a senadora, essa medida pode trazer "consequências negativas". A parlamentar lamentou que, mesmo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo de São Paulo tenha "publicado tal decreto".
Ameaçado de adiamento por falta de acordo dentro do governo, o lançamento da nova política industrial brasileira – Plano da Inovação Brasileira (PIB) –, marcado para a próxima terça-feira (2), caso seja mesmo confirmado, não contará com a presença de pelo menos cinco das seis centrais sindicais brasileiras. Os sindicalistas argumentam que vêm pautando o tema há meses, mas o movimento não foi chamado a participar do debate que originou a proposta do governo.
O anúncio da nova política industrial — o Plano da Inovação Brasileira (PIB) —, previsto para o dia 2 de agosto, pode ser adiado, a depender do resultado de uma reunião, nesta sexta-feira (29), entre a presidente Dilma Rousseff e os ministros encarregados do tema. Não há consenso no governo sobre o pacote de medidas capaz de atender à demanda da presidente, que cobra iniciativas no curto prazo contra os efeitos negativos do real valorizado sobre a competitividade da indústria.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta (28) a criação de uma linha de crédito para capital de giro destinada às indústrias de café solúvel instaladas no país. O limite de crédito é de R$ 40 milhões por beneficiário.
Itatiaia, que significa “penhasco cheio de pontas”, é o nome de um jovem município do Estado do Rio de Janeiro com 204Km², criado em 1988. O local, que inclui enorme riqueza ambiental, parque ecológico e diversas opções turísticas, agora vai receber uma fábrica de veículos pesados destinados à construção civil, a Hyundai Heavy Industries, primeira fábrica da companhia fora do Continente Asiático.
O fenômeno da desindustrialização avança no Brasil — e já se torna uma ameaça para status obtido pelo país no governo Lula (2003-2010). Graças à absurda sobrevalorização do real, a indústria brasileira tem apresentado o pior desempenho entre os grandes mercados emergentes.
Muito se fala a respeito da competitividade da indústria brasileira (ou da falta dela). Depois de perderem a camuflagem que o câmbio favorável garantiu até meados dos anos 2000, com o dólar cotado acima dos R$ 2, os problemas afloraram, com consequente queda de exportações e aumento de importações. A desvantagem cambial atingiu em cheio o setor automotivo no Brasil, que reclama, fazendo aparecer o discurso da competitividade.
A produção industrial apresentou crescimento em 11 dos 14 locais analisados na passagem de abril para maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, a expansão média registrada no país foi 1,3%. A indústria de Goiás aparece como a principal influência para o resultado positivo, com crescimento na produção de 15% em maio, após queda de 4,6% nos dois meses anteriores.
A produção da indústria brasileira aumentou 1,3% em maio na comparação com o mês anterior, quando a taxa havia ficado em -1,2%. Em relação ao mesmo período de 2010, houve expansão de 2,7%, revertendo dois meses seguidos de taxas negativas na mesma base de comparação.
OTribunal Superior do Trabalho (TST) realizou, no mês de maio, a revisão de sua Jurisprudência. Um dos resultados foi a criação da súmula nº 429, que poderá ser prejudicial à competitividade das empresas, segundo interpretaram os participantes do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos (Conjur) da Fiesp, que debateu o tema em reunião nesta segunda-feira (27).
O deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) quer medidas imediatas para proteger o setor industrial brasileiro da concorrência dos produtos asiáticos, em especial os chineses. O parlamentar citou a necessidade de mudanças na política cambial para evitar o impacto dessa concorrência na audiência pública que teve a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, nesta quarta-feira (29), na Câmara dos Deputados.
A estrutura da economia mundial se altera rapidamente desde a virada do século 20. Países asiáticos assumem cada vez maior participação relativa na produção global. Sem contabilizar o Japão, o conjunto das economias asiáticas responde por quase 43% da produção global, enquanto em 1973 representava apenas 16,4%.
Por Marcio Pochmann, no Valor Econômico