Em um momento de crise econômica, sempre se corre para buscar as causas de seus efeitos na realidade concreta. A honestidade intelectual exigiria que se aponta que são múltiplas. Mas, em uma era de bolhas orquestradas por frases curtas e de impacto, o oportunismo se impõe. O último exemplo é a notícia plantada pela dobradinha Ministérios da Fazenda e Cultura em veículos da grande mídia.
Por Bruno Leonardo Barth Sobral*
O incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, que destruiu praticamente todo o acervo histórico do país, provocando grande comoção nacional. Mas o ministro-chefe da secretaria de governo, Carlos Marun, em tom de deboche, criticou a comoção diante da tragédia que provoca danos irreparáveis ao país. Segundo ele, o incêndio foi apenas uma "fatalidade".
“Não queimem nossa história” diziam cartazes durante o protesto realizado nesta segunda-feira (3) na Cinelândia após a destruição do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro. A manifestação denunciou a política de corte de verba do atual governo que atingiu o museu. Após o ato político, os manifestantes saíram em passeata.
Por Railídia Carvalho
“O sucateamento da cultura, da educação e da pesquisa não vai ser revertido sem a revogação do teto de gastos”. A avaliação é de Ana Luíza Matos de Oliveira, economista e professora visitante da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO). Para ela, o incêndio no Museu Nacional tem tudo a ver com a política de austeridade fiscal. Ela destaca que, apesar dos resultados negativos, candidatos ao Planalto ainda insistem no caminho do ajuste fiscal.
Por Joana Rozowykwiat
A destruição do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro pelas chamas de um incêndio ocorrido neste domingo (2) é um símbolo do que está acontecendo no Brasil, declarou Alexandre Santini, diretor do Teatro Popular Oscar Niemeyer em Niterói. “É uma metáfora da destruição do Brasil e não é só na área da cultura”, declarou ao Portal Vermelho.
Por Railídia Carvalho
Na manhã desta segunda-feira (3), um ato em apoio ao Museu Histórico Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi reprimido com violência pelas forças policiais. Os manifestantes foram recebidos com bombas de efeito moral e spray de pimenta enquanto protestavam em frente aos portões da Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, local que abrigava a instituição incendiada no último domingo (2).
O incêndio que durou seis horas no Museu Nacional ainda não teve a causa revelada, mas a tragédia já era anúnciada devido a falta de verba para a manutenção. A perda é irreparável; a reitoria da UFRJ e a direção do Museu Nacional vão tentar recuperar o que pode ser salvo
“É uma tragédia para a cultura”, diz diretor de Museu Nacional, Paulo Knauss, diante das imagens das instalações em chamas em entrevista à GloboNews.
Um incêndio de proporções ainda incalculáveis atingiu, no começo da noite deste domingo (2), o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona Norte da capital fluminense. O prédio histórico de dois séculos foi residência da família real brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país – são cerca de 20 milhões de peças.
O prédio de 24 andares que desabou em incêndio, no Centro de São Paulo, é reflexo do desmonte das políticas habitacionais no Brasil. Revela ainda o descaso do poder público com famílias que buscam o direito constitucional à moradia digna.
Por Orlando Silva*
O desabamento de um prédio no Centro de São Paulo, na madrugada do dia 1° de maio, deixou 149 famílias desabrigadas. Descaso dos governos federal e da capital paulista com déficit habitacional é denunciado por parlamentares do PCdoB na Câmara.
Por Iberê Lopes*
O corpo de Bombeiros informou, na manhã desta quarta-feira (02), que 44 pessoas permanecem desaparecidas após o incêndio e desabamento de prédio no Centro de São Paulo na madrugada desta terça (01). Esse número se refere aos moradores que estavam cadastrados na Prefeitura, ou seja, pode ser que nem todos estivessem no prédio no momento do ocorrido.