Livro, do jornalista e editor Gonçalo Junior, sairá pela Editora Noir, de São Paulo, com envio aos apoiadores e às livrarias previsto para o mês de fevereiro de 2022.
A morte do cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, completou exatos 30 anos nesta quinta-feira (4). Vítima da Aids, ele faleceu no Rio de Janeiro em 4 de janeiro de 1988. O cartunista contraiu o HIV em uma das transfusões que realizava com frequência, já que era hemofílico assim como seus irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Chico Mário.
O produtor de cinema Daniel Souza, filho de Betinho, também criticou o uso da música “O Bêbado e a Equilibrista” na operação da Polícia Federal na Universidade Federal de Minas Gerais. Daniel considerou “no mínimo, uma provocação cruel, e no máximo um insulto”.
Esta foi a forma que Henfil encontrou de contar para a cunhada, Gilse Conseza, presa e torturada durante a ditadura militar, que a filha dela, Juliana Conseza, estava bem. Tudo começa em 1970, quando a então militante da Ação Popular (AP), Gilse Conseza é presa pela ditadura militar e permanece reclusa na Penitenciária de Linhares em Juiz de Fora, Minas Gerais, por mais de dois anos.
Se estivesse vivo, Henrique de Souza Filho faria 70 anos hoje. Quem? Henfil, ora! Quem não o conheceu em sua época? Afinal, seu traço rápido e cheio de movimento deu origem a personagens que entraram para o imaginário brasileiro nos anos 70 em especial: a Graúna, o bode Francisco Orellana, o cangaceiro Zeferino, os Fradinhos. Henfil foi superconhecido de uma geração que ficava esperando, com água na boca, seus novos cartuns.
Por Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S. Paulo
Se estivesse vivo, o cartunista Henfil completaria 70 anos no dia 5 de fevereiro. Para comemorar a data, o Instituto Henfil e a ONG Henfil Educação e Sustentabilidade vão realizar nesse dia um evento com a presença de nomes como o ator e diretor Paulo Betti, o jornalista Tárik de Souza e o músico Nelsinho Rodrigues.
Antes de se tornar Henfil, o menino era alvo de gozação no “complexo hospitalar-favelado” de Santa Efigênia por ser hemofílico. O sadismo explícito e inocente contra a má saúde temperou sua infância, vivida nos anos 1940 naquela periferia de Belo Horizonte.
Por Rosane Pavam*, na Carta Capital