As seis centrais sindicais brasileiras — CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB e UGT — decidiram, em reunião realizada nesta sexta-feira (15) na cidade de São Paulo, destinar R$ 200 mil às vítimas do terremoto no Haiti. A quantia será enviada por meio da Cruz Vermelha e deve chegar o mais rápido possível ao país caribenho.
Três dias após o terremoto que destruiu a capital haitiana, a sede e a fome empurraram a população para a violência. O dia de ontem (15) foi marcado por inúmeros saques a mercados ou a qualquer lugar onde se possa encontrar água potável ou comida. Em meio a um cenário desolador — que remete a uma situação de guerra —, a população continua nas ruas, pedindo por socorro.
“Zilda Arns morreu como viveu, junto dos que sofrem as dores da vida. Tivemos respeitosos momentos juntos em debates na Comissão de Seguridade.” Assim escreveu em seu perfil no twitter a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), logo que soube da morte da médica sanitarista, coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, uma das vítimas do terremoto que ocorreu no Haiti na última terça-feira (12).
O ex-presidente do Haiti, Jean Bertrand Aristide, exilado na África do Sul, espressou nesta sexta-feira (16) sua disposição para retornar à sua nação e ajudar os trabalhos humanitários e a reconstrução das zonas devastadas pelo devastador terremoto, que acredita-se ter matado dezenas de milhares de pessoas. Aristide, contudo, não deu informações sobre um plano específico para sua volta.
Parte do sofrimento no Haiti é "Feito nos Estados Unidos". Se um terremoto pode danificar qualquer país, as ações dos Estados Unidos ampliaram os danos do terremoto no Haiti. Como? Na última década, os Estados Unidos cortaram ajuda humanitária ao Haiti, bloquearam empréstimos internacionais, forçaram o governo do Haiti a reduzir serviços, arruinaram dezenas de milhares de pequenos agricultores e trocaram apoio ao governo por apoio às ONGs.
Por Bill Quigley, no Huffington Post
A jornalista e escritora Naomi Klein alerta que a tragédia no Haiti não deve servir para endividar ainda mais o país e para impor políticas anti-populares a favor das empresas dos EUA. Naomi Klein fez o apelo no Democracy Now, onde falou sobre a exploração da tragédia no Haiti.
O plano emergencial do governo brasileiro de ajuda ao Haiti terá ações nas cinco áreas prioritárias identificadas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está no Haiti desde a noite desta quarta-feira (13) ao país: sepultamento dos mortos, socorro médico aos feridos, remoção de destroços, reforço da segurança nas operações e distribuição de suprimentos, principalmente água e comida.
Somando-se às reações de “consternação e inconformismo” ao terremoto de terça-feira (12) no Haiti, o Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) enviou condolências às famílias das vítimas brasileiras na tragédia. Em nota assinada por sua presidente, Socorro Gomes, a entidade prestou ainda “solidariedade aos haitianos — um povo que, há mais de dois séculos, está em luta permanente contra a dominação”.
A vereadora Eliana Gomes (PCdoB) vê com grande pesar a morte da médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, coordenadora internacional da Pastoral da Criança. Zilda faleceu nesta terça-feira (12/01), vítima do terremoto que atingiu o Haiti. O Governo do Estado do Ceará decretou a partir desta quarta-feira, 13, luto de três dias. Ela recebeu o título de cidadã cearense em março do ano passado.
No dia 12 de janeiro de 2010, o mundo ruiu em Porto Príncipe. Um mundo já frágil e parcialmente em ruínas foi-se abaixo. O Haiti já estava de joelhos. Agora, com a destruição de sua capital, está prostrado.
Por Omar Robeiro Thomaz*, na Folha de S.Paulo
O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse hoje (13) em entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNN que teme que o número de mortes provocadas pelo terremoto que atingiu o país passe de 100 mil. As informações são da agência Lusa.
A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Dona Zilda Arns Neumman, é uma das vítimas brasileiras do terremoto que atingiu nesta terça-feira (12) Porto Príncipe, capital do Haiti. A informação é da líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), que esteve hoje (13) no Palácio do Planalto e que acompanhou toda a movimentação do staff presidencial para o recolhimento de informações.