Mesmo após sete anos da tragédia, o Haiti ainda enfrenta inúmeros problemas causados pelo terremoto que devastou o país em 12 de janeiro de 2010. Milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, vivendo em condições precárias e enfrentando surtos de doenças.
O Conselho Eleitoral Provisório do Haiti declarou nesta terça (3) o empresário Jovenel Moise, do Partido Haitiano Tet Kale (PHTK), como vencedor das eleições presidenciais de 20 de novembro do ano passado.
O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti pospôs para 3 de janeiro a publicação dos resultados definitivos das eleições gerais do dia 20 de novembro. A decisão está em um comunicado divulgado hoje onde se diz que os resultados não serão divulgados nesta quinta-feira, como se tinha reiterado em várias oportunidades.
A crise política haitiana mantém-se sem solução e promete continuar alongando-se indefinidamente com o risco de complicar-se ainda mais. As eleições de 20 de novembro criaram expectativas, mas os resultados informados na última sexta-feira pelo Conselho Eleitoral Provisório (CEP) foram questionados pelas forças de oposição.
As eleições para presidente e renovação de parlamentares no Haiti, que deveriam ter sido realizadas em 9 de outubro, foram realizadas neste domingo (20). Elas ocorrem sob o contexto de grave crise humanitária por conta do Furacão Matthew, que atingiu o Caribe e o sul dos Estados Unidos nas primeiras semanas de outubro, e deixou mais de 500 mortos no país caribenho que é o mais pobre das Américas.
Num palco onde as guerras coloniais e seus horrores decorrem como uma história cotidiana e ninguém se detém a imaginar o que significam estes novos genocídios do século XXI para os milhões de sobreviventes que perderam tudo, parece impossível que o olhar se volte para o Haiti.
Depois que o furacão Matthew passou pelo Haiti, boa parte do país ficou completamente devastada. Os habitantes das áreas afetadas dependem de ajuda humanitária para sobreviver. Mas em meio a este cenário, chegou uma nova vida. A equipe de médicos venezuelanos, enviados para ajudar as vítimas da catástrofe, atenderam uma mulher em trabalho de parto que deu à luz uma menina. Em homenagem, a nova mãe batizou a filha de “Venezuela”.
Mais de mil mortos, até esta segunda-feira (10): outra tragédia se abate sobre o Haiti, desta vez graças às intempéries do furacão Matthew. O mesmo que atravessou Cuba, as Bahamas e outras regiões do Caribe, também a Flórida e outras regiões do sul dos Estados Unidos, fazendo muitos estragos, mas com poucas vítimas fatais, sem a dimensão catastrófica do Haiti.
Por Flávio Aguiar
O furacão que atingiu o Haiti na última terça-feira (4) deixou em seu caminho cerca de novecentos mortos e milhares de casas destruídas. Obama, além de pedir aos estadunidenses cuidados diante de Matthew, aproveitou para conclamar ajuda a “um dos países mais pobres do mundo”. A União Europeia, por sua parte, informou que está destinando 255 mil euros numa “ação humanitária inicial”.
Por Maria do Carmo Luiz Caldas Leite*
Meio milhão de crianças vivem nas regiões haitianas de Grand Anse e Grand South, as mais devastadas pelo furacão Matthew, sem que esteja ainda claro quantos precisam ajuda urgente, advertiu, nesta sexta-feira (7), a ONU.
Os efeitos do Matthew não param e continuam aumentando em um dos países mais pobres do planeta, que já sofreu um terremoto devastador em 2010. O balanço, ainda provisório, de mortos na área sul do Haiti após a passagem do furacão continua subindo e passou, na quinta-feira, de 140 para 283, de acordo com relatórios recentes do Governo. Uma estimativa da agência Reuters eleva para 800, citando fontes de ajuda humanitária.
O cólera chegou à ilha caribenha em 2010, junto com as forças de paz que desembarcaram no país por causa do terremoto que destruiu a ilha. O mea culpa da ONU foi feito na última quinta-feira (18) após um relatório interno de um assessor de direitos humanos ter vazado, como informa o jornal espanhol El País.