Tudo neste projeto baseia-se na ideia de investir menos dinheiro público nas universidades públicas. E cada ação aparece como justificadora do centro político deste objetivo cristalino. Mais dinheiro privado, mais cortes, mais arrocho para investir o menos possível.
O ponto de partida do ato contra o bloqueio de verbas da educação pública, no Recife, não poderia ter um nome mais adequado: Rua da Aurora. No endereço que remete à esperança de novos começos, algo realmente diferente aconteceu nesta quinta-feira (15). A onda de gente começou a ser formar em frente ao Ginásio Pernambucano, uma das instituições mais tradicionais do ensino público do estado.
Assistimos ao anúncio do corte de 30% da verba de três importantes universidades. O motivo era a promoção de “balbúrdia” nesses espaços. Em seguida, o MEC anunciou o bloqueio para todas as universidades e institutos federais e Bolsonaro defendeu que o dinheiro seria investido na educação básica.
Por Renildo Calheiros*
Convocada inicialmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) em abril passado, para protestar contra a reforma da Previdência e em defesa do ensino público, a Greve Nacional da Educação ganhou a adesão de estudantes secundaristas e universitários e suas organizações de classe após o anúncio pelo governo Bolsonaro do corte de 30% nos orçamentos de universidades, institutos federais e escolas públicas da educação básica.
A Greve Nacional da Educação, convocada para o dia 15 de maio pelos trabalhadores em Educação – contra o desmonte da aposentadoria – terá um reforço ainda maior por parte da comunidade universitária, da rede pública e privada, de institutos federais, cursos técnicos profissionalizantes, além das e entidades estudantis, como a UNE e Ubes.