Antes de um ato em frente ao Congresso, os trabalhadores estiveram concentrados desde 9h no Espaço do Servidor, entre os blocos C e D, da Esplanada dos Ministérios
Ato na Câmara fortalece greve geral do serviço público no dia 18 de março. As mobilizações no parlamento e nas ruas serão as principais armas do movimento.
Num momento de perdas de direitos trabalhistas no País, de pressão contra o sindicalismo, a atuação e vitória dos servidores municipais e da população paulistana têm um significado e um exemplo enormes à luta democrática no País.
Allen Habert*
"Em sendo a greve um direito fundamental, não se pode admitir que o seu exercício consista na renúncia de outro direito fundamental, o da própria subsistência. Greve com corte de salário pelo patrão não é direito; é castigo, uma barbárie institucionalizada”.
Por *Katianne Wirna
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou a legalidade e a constitucionalidade do Decreto Presidencial que estabelece o direito à greve na administração pública federal. O decreto foi contestado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), após greve de auditores fiscais da Receita Federal, ocorrida em junho de 2012. Segundo a associação, as greves implicariam em “graves e irreparáveis” danos à Fazenda Nacional.
Após as assembleias dos bancários realizadas na noite de quarta-feira (26) e na manhã desta quinta (27), os trabalhadores decidiram manter a greve nos bancos públicos Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB), além dos Banco do Estado de Sergipe (Banese) e Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).
A greve dos professores nas instituições federais chegou ao fim em 35 de 57 unidades. Das 59 instituições federais de educação superior, duas não aderiram às paralisações. Na manhã desta quarta-feira (12), a Universidade Federal de Lavras (Ufla) decidiu, em assembleia, retomar as atividades. Na noite de terça (11), o retorno foi decidido nas universidades federais de Goiás (UFG) e Rural do Semiárido (Ufersa).
Nesta segunda-feira (10), as universidades federais do ABC (UFABC), Fronteira Sul (UFFS) e a de Alfenas (Unifal) retomaram as aulas. Até agora, professores de nove universidades federais e de dez câmpus isolados de outras instituições voltaram às atividades acadêmicas.
O projeto de lei que o governo federal encaminhará em breve ao Congresso Nacional para regulamentar o direito de greve dos servidores públicos deve incluir um dispositivo proibindo diversas categorias de realizar a chamada operação-padrão. A informação é do advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams.
Para repor as aulas perdidas com a greve mais longa da instituição, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) elaborará um novo calendário acadêmico na quarta-feira (5). A previsão é que os 40 mil alunos retornem às salas de aulas na segunda-feira (10). Na sexta-feira (31), com ampla maioria dos votos, os professores encerraram a greve.
Dezoito categorias de servidores ligados à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) aceitaram, nesta terça-feira (28), a proposta do governo de reposição de 15,8%, dividida em três anos. A decisão, tomada pela maioria em plenária, encerra a greve que durava cerca de dois meses em todo o país. Com isso, cerca de 250 mil servidores voltam a seus postos de trabalho na segunda-feira (3).
Os servidores federais em greve há mais de três meses têm até o final da manhã de terça-feira (28) para dizer se aceitam ou não a proposta de reajuste do governo de 15,8%, dividido em três anos. O governo afirma que o prazo para negociação com os servidores foi encerrado no domingo (26).