Os bancários do Ceará aderiram à greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (06/09). A decisão, por unanimidade, foi tomada em assembleia realizada na última semana, quando a categoria rejeitou a proposta dos banqueiros, dentro da Campanha Nacional 2016.
Os bancários da base do Sindicato da Bahia se reúnem em assembleia, nesta quinta-feira (01/10), às 18h, no Ginásio de Esportes, ladeira dos Aflitos, para avaliar a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e deliberar sobre a greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (06/10).
Na Bahia, o primeiro dia de greve dos bancários teve 580 agências fechadas. São 158 em Salvador e outras 422 no interior. O número é superior ao registrado no ano passado, quando 543 unidades ficaram sem atendimento. Agências de bancos públicos e privados estão sem funcionar em todas as regiões do Estado.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou uma proposta rebaixada para os bancários. Insatisfeita, e com razão, a categoria vai radicalizar e ampliar a mobilização pelo atendimento da pauta. É por isso que o Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA) convoca assembleia para deliberação da greve por tempo indeterminado, para quinta-feira (25/09), às 18h, no Ginásio de Esportes dos Aflitos, em Salvador.
Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram, em assembleia na noite desta sexta-feira (11), aceitar a proposta de reajuste salarial oferecida pelos bancos e encerrar a greve iniciada há 23 dias. A decisão vale para os trabalhadores dos bancos particulares, Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A volta ao trabalho está programada para segunda-feira (14).
A força da greve nacional dos bancários, que completa 21 dias nesta quarta-feira (9), arrancou uma nova negociação entre o Comando Nacional, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para ocorrer nesta quinta (10), às 10 horas, em São Paulo.
A greve dos bancários segue ganhando força em todo o país, segundo relatos dos sindicatos da categoria nos estados. Mesmo assim, os banqueiros mantêm-se totalmente intransigentes e garantem que não concederão aumento real de salário neste ano – fato que não ocorre desde 2003. Na maior caradura, eles alegam que passam por dificuldades em decorrência da retração da economia brasileira.
Mesmo com a pressão dos bancos, a greve dos bancários cresce a cada dia. Nesta terça-feira (1º/10), a greve nacional dos bancários completa 13 dias, demonstrando a força de mobilização da categoria. Ao todo, nos 26 estados e no Distrito Federal, a paralisação já atinge exatamente 10.882 agências e centros administrativos, apesar da intimidação da Polícia Militar, a pedido dos bancos.