Faz 21 dias que sete manifestantes que integram movimentos populares estão em greve de fome em Brasília. São trabalhadores rurais, ativistas da luta por moradia e pelos direitos da juventude, segmentos penalizados pelo golpe de 2016 que aprofundou a crise, o desemprego e o desmonte das políticas públicas no Brasil. Denunciar esse cenário é um dos objetivos dos grevistas, que também reivindicam um processo judicial justo para o ex-presidente Lula. Crescem apoios ao protesto.
Por Railídia Carvalho
Ato extremo chega por Justiça no STF e contra a ameaça da volta da fome no país. Na sexta-feira, grevistas foram ouvidos por assessores de Gilmar Mendes.
A greve de fome, iniciada em Brasília em 31 de julho, não tem prazo de encerramento, conforme afirmam os sete militantes. Denunciando a situação econômica e social do país, a manifestação, que pede “Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF)”, tem como objetivo a liberdade de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República.
Uma das integrantes do grupo de pessoas que está há 15 dias em greve de fome pela libertação de Lula, pelo combate à fome do país e pelo respeito à democracia, cujo nome não foi divulgado, foi conduzida na noite de ontem (14) ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) apresentando dores musculares, queda de pressão e se sentindo muito mal.
O Prêmio Nobel da Paz, o argentino Adolfo Perez Esquivel e o integrante da greve de fome Frei Sérgio Görgen, serão recebidos pela presidente do STF, Carmen Lúcia, nesta terça-feira, às 14h, no gabinete da ministra.
Atualmente na mira do governo Michel Temer (MDB), a soberania nacional é pauta central no debate sobre os rumos políticos e econômicos do país. E é nesse sentido que ela também tem destaque no manifesto “Greve de fome por justiça no STF”, realizado pelos militantes de movimentos populares que atualmente realizam o protesto em Brasília (DF).
Os seis militantes que estão em greve de fome em Brasília (DF) seguem em protesto, completando, nesta segunda-feira (6), sete dias de jejum. Entre as pautas de destaque no manifesto intitulado “Greve de Fome por Justiça no STF”, protocolado pelo grupo na última terça (31), no Supremo, está a denúncia do aumento do custo de vida no país.
A greve de fome dos trabalhadores rurais iniciada na última terça-feira (5) contra a proposta de Reforma da Previdência do governo Temer entrou no sétimo dia nesta segunda-feira (11). O ato político que começou com três agricultores teve a adesão de mais quatro pessoas e promete continuar crescendo não só em Brasília como pelo país.
Pequenos agricultores integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores iniciaram nesta terça-feira (5) na Câmara dos Deputados greve de fome contra a reforma da Previdência. Frei Sergio Görgen, Josi Costa e Leila Denise Meurer asseguram que é "mentirosa" a promessa de Michel Temer de retirar os trabalhadores rurais da reforma.
Desde 5 de setembro profissionais da educação de Palmas, capital do Tocantins, estão em greve. As/os grevistas reivindicam pagamento de reajuste salarial e de direitos garantidos em lei, atrasados desde 2013.
Desde esta quinta-feira (10), trabalhadores da Nestlé afiliados ao Sindicato Nacional de Trabalhadores da Indústria de Alimentos (Sinaltrainal) da Colômbia se acorrentaram na portaria da fábrica em Bugalagrande e começaram uma greve de fome. Eles reclamam o cumprimento pela transnacional dos acordos convencionados e respeito pela dignidade dos trabalhadores e do sindicato.
A greve de fome mais extensa e intensa de prisioneiros na base de Guantânamo já dura cinco meses sem que os Estados Unidos atendam suas demandas, o que implica considerar a morte como a única alternativa para as suas frustrações.