Nas resenhas críticas, o comunismo em Graciliano Ramos é “esquecido”. Substituem a visão socialista, a sua indignação contra o capitalismo em todos os romances, por “engajamento ideológico”.
Aos 70 anos de Memórias do
Cárcere e da morte do autor, USP promove série de eventos imersivos numa obra com profundo impacto político
Pesquisadora analisa livros em que um narrador homem tenta omitir a voz de uma personagem feminina da trama. As vozes dessas mulheres, porém, se inserir nas obras, de diferentes maneiras.
Numa manhã de dezembro de 1948, dez anos após a publicação de “Vidas Secas”, Graciliano Ramos se confessa ao jornalista e escritor Homero Senna, em sua última longa entrevista
Grandes livros, pinturas e peças de teatro surgiram em função do confinamento de seus autores.
“Preso, Mestre Graça recebia a solidariedade de escritores e progressistas como José Lins do Rego, Jorge Amado e Raquel de Queiroz, assim como Lula, encarcerado, recebeu de Leonardo Boff, Adolfo Pérez Esquivel e Juan Grabois”.
Por Yuri Holanda Cruz*
Palmeira dos Índios virou notícia nacional, com a divulgação, pela Controladoria Geral da União (CGU), de que mais de 13 mil livros estão encaixotados há alguns anos na Secretaria Municipal de Educação e Esportes. A cidade do interior alagoano, na primeira metade do século passado, também chamou a atenção nacional: seu então prefeito, Graciliano Ramos, havia inaugurado uma nova forma de administração, favorecendo a população desassistida de alimento e ensino.
Por Carlos Pompe*
Em 1917, o filósofo italiano Antonio Gramsci publicou na revista La Città Futura um artigo de título “Os indiferentes”. Ele o abre com uma declaração contundente: “Viver significa tomar partido. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário.
Por Moacir Gadotti, na Carta Capital
Hoje, quero fazer uma ligação entre o dia dos professores, que se deu em 15 de outubro, e Graciliano Ramos. Espero que a relação não seja forçada. E explico por quê.
Antonio Candido fala sobre a importância de Graciliano Ramos para a cultura e história do Brasil. E destacou o romance Angústia e sua importância para o panorama da moderna literatura brasileira.
Encontrei a resposta para essa pergunta no ensaio “Por que ler os clássicos” do escritor Italo Calvino, que diz: “Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: ‘Estou relendo…’ e nunca ‘Estou lendo… ’. […] Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los nas melhores condições para apreciá-los.”
Por Ângela Almeida
Um dos mais significativos fundamentos ético-políticos do escritor Graciliano Ramos foi reivindicar uma verdadeira transformação social no país, sem em nenhum instante negociar a substância estética da revelação crítica da realidade em nome de um engajamento acrítico.
Por Dênis de Moraes, em Blog da Boitempo