A presidente eleita, Dilma Rousseff, não vai mais para Georgetown, capital da Guiana, viagem que estava agendada para sexta-feira (26).
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse hoje (24) que concluída a escolha da equipe econômica a presidenta eleita Dilma Rousseff “terá uma ideia de que forma os partidos da base devem ajudá-la a compor a equipe de governo”. O presidente nacional da legenda, reeleito por mais quatro anos para o Executivo pernambucano, fez a afirmação após se reunir com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, em Brasília.
Sem ter falado com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Dilma Rousseff escolheu ontem para o comando da instituição o economista Alexandre Tombini, hoje diretor de Normas e Sistema Financeiro. Além disso, a presidente eleita decidiu nomear Miriam Belchior, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como ministra do Planejamento.
Depois da equipe econômica, a presidente eleita Dilma Rousseff vai anunciar os ministros "da casa", aqueles com gabinete no Palácio do Planalto, como a Casa Civil e a Secretaria-Geral. Dilma quer fazer mudanças nas duas pastas. Enquanto a primeira será desidratada, perdendo funções executivas, a segunda será repaginada, ampliando suas atribuições. A petista já avisou que não quer "superministros" em seu governo.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse na última terça-feira (23) que o PDT manterá o apoio ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff, independentemente de sua manutenção na pasta. “Nós vamos apoiar a presidente Dilma em qualquer circunstância. Com ministério, sem ministério, com Trabalho, com outra pasta. Acreditamos no projeto e investimos toda a nossa credibilidade pública e confiança no projeto e estaremos com ela para o que der e vier”.
A transição de governo está sendo marcada por uma maratona de reuniões envolvendo o preswidente da República, Lula, a presidente eleita, Dilma Rousseff, membros da equipe de governo e lideranças de partidois aliados.
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, divulgou em seu blog o teor do documento entregue ao presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, durante reunião ocorrida no último dia 9 de novembro, em Brasília. Na ocasião, Dutra — na condição de integrante da equipe de transição do futuro governo de Dilma Rousseff — conversou com os aliados do PCdoB sobre as perspectivas dos comunistas em relação ao novo governo.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, deve anunciar até a próxima quinta-feira os nomes que irão comandar os ministérios da Fazenda e do Planejamento, além do Banco Central. De acordo com a assessoria de imprensa da presidente eleita, ela pretende anunciar a equipe econômica antes da viagem que fará a Georgetown, capital da Guiana.
Uma reunião realizada nesta segunda-feira (22) entre um grupo de trabalho do Itamaraty e membros da equipe de transição do governo definiu os horários das atividades da cerimônia de posse da presidente eleita Dilma Rousseff.
A presidente eleita Dilma Rousseff passou esta segunda-feira (22) em encontros com técnicos do governo na Granja do Torto de quem recebeu informações sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida. Os dados dos programas foram discutidos com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e com Miriam Belchior, coordenadora do PAC na Casa Civil. Os dois estão cotados para assumir um posto no novo governo.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, vai participar de uma jantar em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferecido pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O jantar está marcado para a próxima quinta-feira, em Georgetown, capital da Guiana. De acordo com a assessoria, ainda não há previsão de que Dilma participe da reunião da Unasul, que ocorre na próxima sexta-feira.
O enorme apoio do governo Lula vem, sobretudo, dos resultados das políticas sociais do governo. O apoio é tão generalizado (mais de 80% e apenas 3% de rejeição) que fica difícil distinguir diferenças por nível de renda ou de escolaridade, mas o resultado eleitoral permite ver como os setores de apoio mais firme — os que deram inequivocamente a vitória a Dilma — foram os de menor nível de renda.
Por Emir Sader, em, seu blog