Na efervescência de 1968, Pier Paolo Pasolini (1922-1975), cineasta e poeta, italiano e comunista, escreveu que, entre os estudantes e os soldados que os reprimiam, ele ficava com os segundos, filhos da classe operária – e não da burguesia. Era um equívoco, como equivocado estava o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Lula, quando disse, ao programa Vox Populi, da TV Cultura, em 1978, que não queria misturar estudante com operário no ABC paulista.
Por Juca Kfouri*
No ano e meio em que Lula ficou preso, o Brasil mudou para pior. Com Lula livre, esperava-se que os ventos da conciliação pudessem soprar mais uma vez entre o centro e a esquerda do espectro político. Entretanto, a palavra da moda desde a eleição de Jair Bolsonaro, a polarização, parece estar sendo instrumentalizada tanto por setores da esquerda, tanto quanto por setores da direita. Um discurso que prega que apenas polos devem sobreviver e disputar.
Por João Carlos “Juruna” e Wagner Gomes
A ofensiva golpista do Imperialismo não dá sinais de arrefecer. Pelo contrário. Brasil, Bolívia, Chile, Venezuela, Uruguai vivem sob o espectro golpista de forças antinacionais, inimigas da democracia e das gentes latino-americanas. Para não perder viagem e oportunidade, é bom nomeá-las: latifundiários, banqueiros, grande mídia, capital estrangeiro norte-americano e europeu.
Por Elder Vieira*
Defender a Constituição Cidadã de 1988 e a democracia neste que é o momento mais grave de ataques aos direitos conquistados no período pós-ditadura militar no Brasil, unindo todas as forças que defendem um futuro de esperanças ao povo e à Nação brasileira.
Marcelo Ferreira e Fabiana Reinholz, do Brasil de Fato
Reunida no úlitmo sábado (24), a direção estadual do PCdoB-SP, convocou as conferências municipais e a 19ª Conferência Estadual do Partido no estado. Na ocasião, também foi aprovada a Resolução Política que será discutida e norteará o debate político nesse processo, intitulada "Frente Ampla para Defender a Democracia, Isolar e Derrotar Bolsonaro em São Paulo e no Brasil".
Confira o documento na íntegra!
Alianças improváveis, forjadas pela necessidade de preservar conquistas civilizatórias fundamentais, são uma constante na história. Sempre que o ódio e o arbítrio ameaçam, diferenças ideológicas ficam de lado em nome de um bem maior.
Por Ricardo Cappelli*
Nesta segunda-feira (20), cerca de 40 lideranças políticas e sociais reuniram-se, em São Paulo, para debater a situação do país e buscar formas de construir uma ampla unidade em um movimento de oposição ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
A política tem dessas coisas, às vezes um determinado fato tem o condão de catalisar toda uma onda de insatisfação social que vem se sedimentando e transformá-la em movimento de massas. É a "centelha que incendeia a pradaria", diriam os chineses sobre esse tipo de fenômeno.
Por Orlando Silva*
Os quatro blocos no governo – o clã ideológico, o mercado, a toga e os militares – não se compõem em torno de um denominador comum para um plano de governo. Antes pelo contrário, por falta de um plano. Mas também porque o presidente pôs acima de tudo e de todos não o Brasil, nem deus, mas sua agenda ideológica regressiva, emulando o clã familiar que o cerca.
Em Brasília para o Fórum de Governadores, o governador Flávio Dino (PCdoB) divulgou, juntamente com Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Coutinho (PSB) e Sonia Guajajara (PSOL) uma carta em defesa da unidade da esquerda contra o governo Bolsonaro (PSL). A carta destaca a centralidade da questão democrática contra as ameaças ao estado democrático de direito e o risco de retrocesso nos direitos sociais contido na reforma da previdência.
Estudantes defendem união em uma oposição radical a Bolsonaro e em defesa da autonomia da educação.
"A unidade de uma frente tem como mote a defesa da democracia ameaçada, encarando-a como condição necessária para avançarmos nas outras pautas."
Por Augusto C.Buonicore*