Greves e manifestações tomaram conta da Europa durante os meses de setembro e outubro por conta das medidas de austeridade anunciadas pelos países da União Europeia como resposta à crisedo capitalismo que teve seu ápice em 2008 e 2009. As medidas continuam mobilizando trabalhadores e estudantes do Velho Mundo, especialmente na França. Os estudantes da Universidade Rennes 2 lançaram manifesto pautando a radicalização do movimento grevista.
O presidente conservador da França, Nicolas Sarkozy, voltou a nomear neste domingo (14) François Fillon como primeiro-ministro do país. Em nota, a presidência da França informa que Sarkozy encarregou Fillon de formar um novo gabinete. O gabinete atual continua encarregado das questões correntes do governo.
No livro Uma História de Duas Cidades, Charles Dickens escreve sobre a Revolução Francesa e seus efeitos e reflexos em Paris e em Londres. É o livro que começa com a frase "Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos".
Por Luiz Fernando Verissimo, no O Estado de S.Paulo
A reforma da previdência que eleva em dois anos a idade de aposentadoria na França foi promulgada e publicada no Diário Oficial do país nesta quarta-feira, o que marca o início de sua aplicação.
Milhares de pessoas devem se manifestar neste sábado (6) em toda a França contra a reforma da previdência promovida pelo governo do presidente Nicolas Sarkozy, no oitavo dia de mobilização desde setembro.
Os sindicatos franceses mantêm a mobilização para a jornada de protesto de hoje contra a reforma do sistema de pensões, a sétima em menos de dois meses, contra uma reforma que denunciam como ineficaz e injusta. Segundo a CGT, quase dois milhões de trabalhadores foram as ruas em protestos por todo o país.
O Partido Comunista Francês denunciou na última terça-feira (26) o que chamou de "golpe de força" no Senado do país por parte do atual presidente, Nicolás Sarkozy, com o objetivo de ocultar sua derrota política ante o país, que se traduziu em protestos e greves em massa diante da imposição de suas reformas neoliberais.
A Assembleia Nacional francesa votou na manhã desta quarta-feira a lei imposta pelo governo de Nicolás Sarkozy aos trabalhadores do país, aumentando a idade da aposentadoria de 60 para 62 anos, apesar das intensas e enormes manifestações populares contra a medida. Na quinta-feira (28), novos protestos tomarão as ruas das principais cidades do país.
Talvez alguém imagine ao ler o título que vou fazer referência ao lema "Operários e estudantes, unidos e avante!", forjada nas manifestações que foram realizadas nas ruas do país [Uruguai, nota do tradutor] em tantas jornadas memoráveis, como as que frutificaram em outubro de 1958 com a adoção de dezenas de leis de benefício operário e da Lei Orgânica da Universidade.
O governo francês se empenhou no sábado (23) para restaurar os estoques de combustível no país, mas os sindicatos mantiveram suas posições quanto às refinarias de petróleo atingidas pelas greves depois de o Senado ter aprovado a reforma previdenciária na última sexta-feira (22).
Somos milhões mobilizados em todo o país contra o projeto governamental da reforma das aposentadorias, muitos milhões a exigir seu abandono e a abertura de um verdadeiro debate sobre uma reforma alternativa, que garanta a aposentadoria integral aos 60 anos.
Apesar da oposição popular e de manifestações de milhões de trabalhadores e estudantes, a reforma das aposentadorias foi aprovada nesta sexta-feira (22) pelo Senado francês, que foi pressionado pela administração Sarkozy a votar o mais rápido possível a mudança na legislação.