Dos 23 ministros do governo, dez têm formação militar
“Eleitorado começa a se afastar dos temas mais clássicos do bolsonarismo”, diz o cientista político Leonardo Avritzer
Lideranças do Congresso dizem que o documento tem conteúdo autoritário e emite sinais de que Bolsonaro não aceitará deixar o cargo por meio de decisões do judiciário ou do parlamento
Ação do PDT pediu que o Supremo estabelecesse o alcance das normas jurídicas que tratam da destinação constitucional das Forças Armadas.
Para João Roberto Martins Filho, generais achavam que poderiam tutelar presidente, mas é ele quem dá o tom. Anti-esquerdismo impulsionou parte das Forças Armadas a se juntar a Bolsonaro.
Líder do PCdoB na Câmara advertiu que as Forças Armadas “são instituições de Estado”, que não estão submetidas aos ditames de pessoas ou partidos
Frankfurter Allgemeine também relatou o medo crescente por parte da oposição e afirmou que Bolsonaro permitirá que “o país caia no caos se ele continuar sob pressão legal e política
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou, nesta terça-feira (2), parecer jurídico que trata da inconstitucionalidade das propostas de intervenção militar constitucional. A conclusão foi pela inexistência do Poder Moderador atribuído às Forças Armadas, bem assim pela inconstitucionalidade da utilização do aparato militar para intervir no exercício independente dos Poderes da República.
A iminência de golpe de Estado, entre nós, está sempre associada a intervenção militar e rupturas constitucionais.
“Não pairam dúvidas acerca do compromisso das Forças Armadas com os princípios democráticos ordenados pela Carta de 1988. A defesa deles tem sido, e continuará sendo, fundamento de sua atuação”
Despacho informa que a soma dos pagamentos indevidos somam, pelo menos, R$ 43,9 milhões. Segundo o governo, 73,2 mil militares receberam o auxílio, que deveria ajudar autônomos e trabalhadores informais.
Há contradições entre as mensagens dos militares e seu papel definido na Constituição. Falam em independência dos poderes, mas repreendem publicamente o STF. Estarão aguardando o presidente convocá-los, respaldado em forças extremistas, ou seguirão como ‘poder moderador?