Em defesa do pato inflável plagiado e do fim dos direitos trabalhistas, com barras de ferro, paus e canos velhos, os responsáveis pelo acampamento em frente à Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), na avenida Paulista, partiram pra cima dos manifestantes pró-democracia neste domingo (24).
Por Mariana Serafini
Mesmo tendo sido beneficiada por diversas políticas dos governos Dilma e Lula, uma parcela do empresariado está em campanha pelo impeachment. Políticas “estatizantes”, a perspectiva de uma guinada mais à esquerda na gestão petista e a tentativa de barrar o rentismo predatório, com a redução da Selic e do spread bancário, são algumas causas apontadas para a adesão de empresários ao golpismo. São os acertos do governo, e não os erros, que incomodam a Fiesp e seus comparsas.
Em entrevista a veículos de comunicação, o Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, apresentou uma lista elaborada pelo Diap ( Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) com 55 projetos que ameaçam direitos dos trabalhadores e que estão prestes a serem votados no Congresso Nacional.
A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) decidiu nesta terça-feira (12) revogar a autorização de funcionamento do painel de LED da Fiesp (Federação da Indústrias dos Estado de São Paulo), por descumprimento da autorização concedida pela Comissão.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) divulgou carta aberta ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sobre a campanha da entidade a favor do golpe e contra a democracia. Em matéria paga, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo divulga nomes, telefones e e-mails dos membros da comissão de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, pedindo à população que pressionasse os parlamentares a votarem a favor do “golpe”.
Gerou protesto dos parlamentares o anúncio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), publicado na imprensa na última sexta-feira (1º /4), mandando eleitores do Estado do Rio cobrarem posição dos sete deputados federais que integram a comissão especial que analisa o impeachment da presidenta Dilma Rousseff — formada por 65 parlamentares.
A Fiesp – que apoia o impeachment de uma presidenta que não cometeu nenhuma ilegalidade – está sendo ela própria acusada de um crime. De acordo com matéria da BBC, o artista plástico holandês Florentijn Hofman afirma que o pato de borracha que a federação utiliza como mascote da sua campanha contra os impostos é um plágio da sua obra Rubber Duck.
A presença da Fiesp na linha de frente da coalizão que defende o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reflete o caráter de parte dos empresários brasileiros, que também apoiou o golpe de 1964. A avaliação é do doutor em Ciências Sociais e professor da PUC-MG, Robson Sávio Reis Souza. Segundo ele, o empresariado nacional sempre foi “subserviente do capitalismo global” e avesso a “reformas estruturais que pudessem mexer em seus privilégios”.
Por Joana Rozowykwiat
No Brasil existe um mito segundo o qual a carga tributária seria uma das mais altas no mundo. Esta inverdade tem sido espalhada à exaustão pela Fiesp e seus patinhos de borracha. Mas o problema aqui é outro. Está na forma como são distribuídos os tributos e sobre quem eles recaem. Enquanto os mais pobres gastam grande percentual de sua renda em impostos, os ricos e os super-ricos pagam muito pouco. Para muitos destes, o leão, que ruge alto para a classe média, nem ronrona.
Por Joana Rozowykwiat
O discurso do liberalismo radical exorciza toda e qualquer menção à presença do Estado na economia, nas relações sociais e mesmo no entorno da individualidade. Ao promover a confusão deliberada entre as liberdades do indivíduo e a liberdade de atuação para as forças de oferta e demanda no mercado, tudo fica turvo e abrem-se espaço para as raivas se manifestarem de maneira descontrolada.
Por Paulo Kliass*
Está na hora de dar um intervalo no golpismo, um arrefecimento nessa disputa ideológica anacrônica e se começar a pensar seriamente no próximo tempo do jogo.
Por Luis Nassif*, no Jornal GGN
Da mesma maneira que em 1964 a Fiesp pagou para que os golpistas derrubassem João Goulart, hoje ela está vergonhosamente aliada a Eduardo Cunha.
Por Joana Monteleone e Adriano Diogo – IHU Online