A Secretaria estadual de Meio Ambiente de São Paulo alterou o mapeamento de área de proteção ambiental a pedido da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em trocas de mensagens eletrônicas, a entidade patronal pedia discrição nas mudanças, para que estas passassem desapercebidas.
"Todos os nossos atos são pacíficos e organizados. Em todos os atos fazemos reuniões com o comando da Polícia Militar, onde são definidos trajetos e tempo do ato. Já fizemos, inclusive, reuniões com a própria FIESP para evitar conflitos". Este é um trecho da nota divulgada nesta quarta-feira (14) pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) contestando a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que responsabilizou a central pela ocupação no prédio da entidade nesta terça-feira (13).
Até mesmo apoiadores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff começam a se dar conta de que o golpe é também contra a indústria nacional. Entidades representativas de fornecedores de bens e serviços ao setor de petróleo e gás natural do país e federações nacionais da indústria agora pressionam para que Michel Temer não leve adiante mudanças radicais na Política de Conteúdo Local (PCL) do setor de petróleo.
Os donos do poder pregam Estado mínimo, mas se recusam a cortar o cordão umbilical com o Estado.
Por Mauricio Moraes
Enquanto grandes empresários sonegam, o povo paga o pato. Sob o discurso da moralidade, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) tem sido uma das principais apoiadoras do impeachment contra Dilma Rousseff. Nesta segunda (18), contudo, O Estado de S. Paulo divulga que um dos diretores da entidade – que espalhou patinhos de borracha pelo país em sua cruzada contra a carga tributária –, o empresário Laodse de Abreu Duarte, é o maior devedor da União entre as pessoas físicas.
Nas marchas pelo impeachment de Dilma, muitos "midiotas" carregaram felizes os patinhos amarelos distribuídos gratuitamente – com recursos públicos do Sistema S – pela eterna golpista Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Por Altamiro Borges*
Uma das principais entidades que apoiaram o golpe, tanto de 1964 quanto o de 2016, a Fiesp (Federação da Indústria de São Paulo) passou por um vexame em terras estrangeiras. O chefe do Departamento de Relações Internacionais e Comércio da Fiesp, Thomaz Zanotto, ficou nervoso quando foi confrontando sobre a segurança de um governo que deu um golpe contra um mandato legítimo.
A política externa foi um instrumento importante dos programas de governo do PSDB e do PT. Em conjunto com as demais políticas (econômica e social) a atuação internacional do Estado brasileiro foi determinada pelos interesses das frações de classe hegemônicas no bloco no poder que dirigiram duas frentes políticas distintas: a neoliberal e a neodesenvolvimentista.
Por Tatiana Berringer*
Dessa vez nem precisou da atuação dos jovens aguerridos da UJS para murchar o pato inflável da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT Brasil, nesta quinta-feira (2), Michel Temer, que ocupa provisoriamente a presidência, afirmou que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) pode voltar, assim como outros impostos podem aumentar.
Por Dayane Santos
A cruzada de Dilma para baixar a Selic e, mais à frente, a decisão de reduzir os subsídios concedidos pelo BNDES para enfrentar o problema fiscal, entre outras decisões, azedaram as relações com o setor industrial, que assumiu o protagonismo do golpe.
Por Fernando Nogueira da Costa*
Novo ministro da Indústria, Comércio e Serviços, o bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira admitiu, em entrevista nesta quarta (18), ter "pouca afinidade" com esse setor econômico.
Figura central no processo das mobilizações contra o golpe, o presidente da central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, declarou ao Portal Vermelho que o momento vivido no Brasil é de grande perigo às conquistas da classe trabalhadora e ao jovem regime democrático estabelecido no país. "Está escondido no patinho feio da Fiesp uma intensa agenda de retirada de direitos e conquistas sociais", afirma o líder sindical.