Pouco mais de um ano depois da construção do polêmico muro das linhas Vermelha e Amarela, a pesquisa de opinião realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares (Nepef), da Redes de Desenvolvimento da Maré em parceria com o Observatório de Favelas e a ActionAid, indica que parte da população da Maré já aprova a barreira. Entretanto, os moradores continuam lembrando, até hoje, da falta de diálogo do poder público com a comunidade.
E, nos últimos anos, o risco relativo de um jovem negro morrer assassinado, em comparação com um branco, continua aumentando. Da mesma forma, a proporção de homicídios cometidos com arma de fogo também vem se incrementando. Por último, o risco de homicídios para os adolescentes, em comparação com os adultos, vem crescendo, o que constitui um sinal de alerta e confirma a necessidade de políticas públicas específicas para essa parcela da população.
Nesta sexta-feira (6), cinco meses depois de se tornar uma das principais fontes comunitárias da ocupação da polícia do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão, o estudante Renê Silva Santos, 17, lança um portal de notícias sobre as favelas cariocas.
Francisco José Pereira de Lima, o Preto Zezé, irá comandar a entidade nacional que representa a cultura popular e atua junto às favelas. Após 12 anos com MV Bill presidindo a Cufa, agora a entidade buscará descentralizar a gestão.
"A maioria das pessoas que moram nas favelas são trabalhadores, mas este não é o ponto de vista que a grande mídia passa através dos seus telejornais. Neles só temos, como diz o povão é: 'queimação de filme'. Mas o que vale é a palavra do embaixador das favelas, Bezerra da Silva, que dizia: 'Minha gente é trabalhadeira. Nunca teve assistência social'" Postou o internauta Jesse de Niteroi em mensagem para o Portal Vermelho. Veja reportagem da TV Brasil há um ano.
Há muito tempo as periferias de todo o Brasil deixaram de ser meras expectadoras para ocupar o lugar de protagonistas. Nas eleições desse ano não poderia ser diferente. A periferia paulistana acaba de dar um belo exemplo e mostrou que tem lado: o da continuidade das mudanças sociais iniciadas pelo presidente Lula e que precisam prosseguir com a companheira Dilma.
Só seis das mais de 2.000 favelas da capital têm pessoas treinadas para combater o fogo
Os moradores do conjunto de favelas do Complexo do Alemão, área de grandes conflitos no Rio, se sentem mais livres para ir e vir do que os da zona sul, onde se concentram as classes média e alta, atendidas por uma forte presença das forças de segurança. O dado faz parte de uma pesquisa divulgada, no dia 7, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).