Representantes das cinco centrais sindicais reconhecidas pelo governo federal (CTB, FS, CUT, UGT e NCST) irão se reunir, na próxima segunda-feira (17), na sede nacional da CTB, em São Paulo, a partir das 9h, para debater sua estratégia de ação na luta pelo fim do fator previdenciário.
Apesar da pressão de centenas de deputados e sindicalistas, a votação do projeto de lei que acaba com o fator previdenciário foi adiada para o próximo ano. A decisão foi tomada nesta terça (4) em reunião do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), com os líderes partidários. A decisão se deveu à dificuldade de se construir um acordo com o governo que evite o veto à proposta.
Dirigentes das cinco maiores centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT e Nova Central) vão protocolar nesta terça-feira (04/12), no Palácio do Planalto, um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff até o próximo dia 17 deste mês, para debater o projeto alternativo ao fator previdenciário que está sendo analisado no Congresso Nacional. Os sindicalistas exigem a votação ainda este ano. A expectativa é de que ela corresponda a este pleito.
"A CTB é contra o fator previdenciário e pela valorização do trabalhador". Esse foi o tom dado pelo presidente da CTB/SP, Onofre Gonçalves, durante entrevista para a Rádio Vermelho, ao falar sobre a decisão das cinco maiores centrais sindicais (CTB, CUT, Força, UGT e Nova Central) em protocolar, nesta terça-feira (4), pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff até o próximo dia 17 para debater o projeto alternativo ao fator previdenciário.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
A presidente Dilma Rousseff deve fechar mais um ano sem a aprovação do fim do fator previdenciário, uma mudança desejada há anos pela grande maioria dos deputados. Líderes dos maiores partidos na Casa já admitem que a votação deve ficar para 2013. É consenso na Câmara que, se colocada em pauta, ninguém ficará contra.
Em unidade com as demais centrais sindicais, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) decidiu apoiar a votação imediata do substitutivo global que institui novas regras para a aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social (RGPV), alternativas ao fator previdenciário.
A maldade foi instituída há treze anos atrás. Atuando na seqüência da famosa Reforma Previdenciária de 1998, o governo FHC encaminhou um projeto de lei ao Congresso Nacional, alterando um conjunto de regras do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Transformado na Lei n° 9.876/99, o maior prejuízo que a nova medida trazia ficou conhecido como “fator previdenciário”.
Por Paulo Kliass*, na Carta Maior
O Vermelho disponibiliza a íntegra de um estudo encomendado pela Liderança do PCdoB na Câmara sobre os textos existentes atualmente na Casa referentes às propostas legislativas para alterar ou substituir o fator previdenciário. A nota é assinada pelo técnico Flávio Tonelli Vaz.