O ex-presidente boliviano Evo Morales declarou nesta quinta-feira (02) que os atuais governantes de fato e seus aliados estão impedindo o processo eleitoral para a próxima votação de setembro, porque temem o voto popular.
A denúncia é do ex-ministro Jerges Mercado que denuncia ainda o fracasso da presidenta da fato Jeanine Áñez no combate à Covid-19 tendo como consequência um aumento do número de contagiados e mortos.
Um minucioso exame dos dados da eleição boliviana sugere que a análise inicial da OEA que levantou dúvidas sobre fraude eleitoral – e ajudou a derrubar um presidente – foi uma falha.
A Bolívia deveria ter passado por eleições presidenciais no último dia 3 de maio, mas a emergência da pandemia levou ao adiamento do pleito.
Líder do MAS celebrava o aniversário de seu filho, dentro de sua casa, quando foi levada pela polícia.
Duas sessões de honra que comemoravam os 35 anos de fundação de El Alto, “a mais jovem cidade boliviana”, onde ocorreu no ano passado o massacre de Senkata, foram encerradas na quinta-feira (5) com moradores, familiares e vítimas entoando “Áñez assassina” e jogando ovos, tomates, lixo e pedras na autointitulada presidenta e seus partidários.
Ex-vice-presidente do país, Álvaro García Linera, afirma que o Governo interino de Jeanine Áñez está “disposto a tudo” para não perder as eleições de maio
Presidenciável do MAS, Arce foi ministro da Economia durante a maior parte do governo Evo
“É válido aprendermos algo com os erros cometidos para não repeti-los, e ter um 2020 de acumulação política e social”
Vice-presidente das seis Federações de Cocaleiros do Trópico de Cochabamba, Andrónico Rodríguez lidera as pesquisas eleitorais na Bolívia, um mês e meio após o golpe que levou à renúncia de Evo Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS).
De acordo com o chanceler argentino Felipe Solá, ex-presidente boliviano e ex-vice ficarão no país sob condição de 'refugiado'; Morales, até então exilado no México, estava em Cuba para tratamento médico.
Eis um balanço do processo boliviano, por quem o viveu ao lado dos movimentos sociais. Os sucessos e os erros, em 13 anos de governo. A trama do golpe, pelas elites locais e Washington. O engano grosseiro dos que se omitiram. As possíveis lições para a esquerda
Por Boaventura de Sousa Santos