As bandeiras, palavras de ordem e exigências da esquerda latino-americana foram apresentadas nesta quinta-feira no ato político do 18º encontro do Fórum de São Paulo, que se realiza em Caracas. Delegações do continente e do mundo se reuniram no salão Bicentenário do Hotel Alba para ratificar a postura anti-imperialista e emancipadora que se consolidou na região nas últimas duas décadas.
O presidente da seção venezuelana do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Rodrigo Cabezas, destacou nesta terça-feira (3) que a presença em Caracas de quase 600 delegados dos movimentos de esquerda do mundo significa "um respaldo à façanha que o povo venezuelano está realizando com uma revolução pacífica, democrática, socialista, assim como a seu líder, Hugo Chávez".
Realiza-se em Caracas a partir desta quarta-feira (4) até a sexta (6), o 18º Encontro do Foro de São Paulo. Trata-se de importante evento político que galvaniza as atenções da esquerda não só na América Latina e Caribe, mas também em todo o mundo. Durante esses três dias, estarão reunidos mais de 600 representantes de 84 partidos de esquerda da região e muitos outros da Europa, África, Ásia e Oriente Médio.
Realiza-se em Caracas a partir desta quarta-feira (4) até a sexta (6), o 18º Encontro do Foro de São Paulo. A articulação de forças anti-imperialistas e de esquerda da América Latina e Caribe fará o balanço dos processos de integração na região. Está prevista a aprovação de documento condenando o golpe de Estado no Paraguai e a atualização do Plano de Ação do Foro.
A demissão de um piloto que expressou suas preferências políticas e cumprimentou pelo rádio de sua aeronave o candidato da esquerda à presidência do México, Andrés Manuel López Obrador, gerou indignação entre os trabalhadores do Aeroporto Internacional da Cidade do México.
Os novos e numerosos desafios que a esquerda latino-americana enfrenta hoje foram expostos nesta quinta-feira (9) com a apresentação de um livro com muitos méritos, escrito pelo diplomata e acadêmico panamenho Nils Castro.
Há alguns anos, o cientista político André Singer cunhou o termo "lulismo" para dar conta do modelo político-econômico implementado no Brasil desde o início do século 21. Baseado em uma dinâmica de aumento do poder aquisitivo das camadas mais baixas da população por meio do aumento real do salário mínimo, de programas de transferência de renda e de facilidades de crédito para consumo, o lulismo conseguiu criar o fenômeno da "nova classe média".
Neste artigo, quando me referir à "grande mídia", estou me reportando à direção que é hegemônica nas editorias dos principais canais de TV, nos jornais de grande circulação do país e à maioria dos colunistas econômicos e políticos destes órgãos de imprensa, que defendem – por convicção pessoal ou por contrato profissional – os valores econômicos, políticos e morais, do projeto neoliberal.
Por Tarso Genro*
O livro “A esquerda latino-americana no governo: alternativa ou reciclagem?” Ocean Sul, 2012), do cientista político cubano Roberto Regalado, foi lançado na Casa da Alba Cultural, em Havana, na última quarta-feira (7), com uma palestra de Osvaldo Martínez, diretor do Centro de Pesquisas da Economia Mundial; Gilberto Valdés, coordenador do Grupo Galfisa do Instituto de Filosofia, e o próprio autor.
O que pode unificar distintas matizes da "nova" e da "velha" esquerda – contra as políticas de decomposição das funções públicas do Estado – é o exercício, pelo Estado, de políticas antagônicas às ditadas pelas agências privadas, que hoje orientam políticas e são responsáveis pela crise. O neoliberalismo foi abalado, mas não sucumbiu. Se os partidos de esquerda não reduzirem o pragmatismo e não se unificarem numa agenda avançada, o que foi obtido até aqui pode ser perdido.
Por Tarso Genro*
Por qualquer ângulo, 2011 foi um bom ano para a esquerda mundial – seja qual for a abrangência da definição de cada um sobre ela. A razão fundamental foi a condição econômica negativa, que atinge a maior parte do mundo.
Por Immanuel Wallerstein