Especialistas explicam motivações que provocam avalanche de remoções forçadas no último ano. Obras públicas promovem ondas de despejos e coloca governos no centro do debate
Prédio era mais uma tentativa do setor imobiliário de expandir seus tentáculos e aproveitar as brechas abertas pelo Plano Diretor, que desconsiderou a existência de rios, encostas, vales, histórias e memórias
Prevista para durar dois anos, medida é resposta ao custo médio milionário de imóveis no país.
Para o professor da UERJ, Elias Jabbour, governo chinês aproveitará a crise da Evergrande para intervenção regulatória e evitar um risco social
A luta da comunidade pela preservação de uma área verde, de uso público, na região central de São Paulo, pode servir de parâmetro para imbróglios semelhantes em tantas cidades do Brasil
Por Wagner de Alcântara Almeida*
Para o advogado Benedito Roberto Barbosa, o Dito, do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, a falta de cuidado do poder público com ocupações na região central da cidade reflete a vontade do mercado imobiliário.
Por Gabriel Valery
Especulação imobiliária avança, mesmo em meio à crise. Metrópoles expandem-se horizontalmente, tornam-se mais caras e segregadas. Um novo projeto é indispensável — e precisa superar inclusive as ambiguidades da esquerda.
Por Erminia Maricato e Ana Gabriela Akaishi
Não é de hoje que a região da Luz, no centro de São Paulo, sofre pressões para torná-la mais um polo de expansão do capital imobiliário e seus produtos: centros culturais, condomínios residenciais de classe média, torres corporativas. Há várias décadas, entretanto, esse território popular, um dos bairros mais antigos da cidade, com arquiteturas preservadas, resiste a essas investidas, mesmo que isto tenha implicado em remoções, demolições e uso da violência.
Terminada a operação de higiene social na Cracolândia, com todo o autoritarismo e a violência que caracterizam o Prefeito e o Governador de São Paulo, percebe-se que há algo mais em jogo do que "apenas" uma operação midiática para supostamente acabar com o fluxo de drogas que ocorria naquela área.
Por João Sette Whitaker, no Blog "Cidades Para Que(m)?"
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos analisou o cenário da luta por moradia de milhares de brasileiros e o crescimento da especulação imobiliária, principalmente nas grandes cidades, nos últimos 10 anos no Brasil.
Na última quarta-feira (27), o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos organizou uma reunião para refletir a valorização artística e a clara disputa pelo espaço da cidade de São Paulo, que vem sendo privatizado pela especulação imobiliária. O grupo, semelhante a tantos outros, sofre pela ameaça de despejo de sua sede. São mais de oito anos de atividade no bairro paulistano da Pompeia. Orlando Silva, candidato a deputado federal pelo PCdoB, participou da reunião .
Uma reportagem do The New York Times revela o financiamento de Wall Street a professores universitários que nos últimos anos assumiram a defesa de especuladores