Na coluna “Conversa com a Presidenta” desta terça-feira (26), a presidenta Dilma Rousseff enviou uma mensagem sobre a luta pelo fim da pobreza extrema. Em março, com a saída de mais 2,5 milhões de brasileiros e brasileiras da miséria, que faziam parte do Cadastro Único dos Programas Sociais, somam-se 22 milhões de pessoas resgatadas dessa condição nos últimos dois anos.
A última década testemunhou queda inédita na desigualdade de renda brasileira, que atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em 1960.
Por Tereza Campello* e Marcelo Neri**
Ao comentar o Programa Tecnologia da Informação Maior, lançado no dia 20 de agosto, a presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (3) que o desafio do país é erradicar a pobreza e, ao mesmo tempo, produzir ciência e tecnologia, agregando valor à produção. “Esse é o caminho para o Brasil chegar à economia do conhecimento e se encaminhar cada vez mais para ser uma grande nação”, ressaltou.
A redução da pobreza e da desigualdade social no país vem sendo sustentada pelo êxito de sua economia, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Em entrevista à Agência Brasil ele lembrou que a chave desse sucesso decorreu da implementação de políticas de transferência de renda.
A presidente Dilma Rousseff reafirmou o compromisso do seu governo com a erradicação da pobreza extrema no país. Citando Josué de Castro, autor de "Geografia da Fome", lembrou a realidade de muitos no país, que vem sendo transformada: “Pela história dos homens e pelo roteiro do rio, fiquei sabendo que a fome não era um produto local, exclusivo dos mangues do Recife da minha infância, mas um drama universal, uma lama a sujar a paisagem do Planeta, como borrões de miséria”.
A busca ativa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) já conseguiu alcançar 550 mil famílias do total de 16,2 milhões de brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza. O esforço faz parte do Plano Brasil sem Miséria, que pretende erradicar o problema.
Erradicar a pobreza extrema até 2014 é o principal objetivo do programa “Brasil Sem Miséria”, do Governo Federal. Foi para avançar no alcance a esta meta que o governador Cid Gomes se reuniu nesta quinta-feira (22/03) com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e secretários de Estado, no Palácio da Abolição. “O desafio maior é prover ações públicas de educação e saúde, só com elas podemos começar a abolir a miséria do nosso estado, e do nosso país”, concluiu o Cid Gomes.
Um estudo divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o estado do Rio convive com indicadores extremos. Ao mesmo tempo em que possui a terceira melhor renda domiciliar per capita do país, bem acima da média nacional, também abriga milhares de pessoas vivendo na linha da extrema pobreza.
O programa Bolsa Família teve no primeiro ano da presidente Dilma Rousseff seu maior aumento nominal desde sua criação e bateu um novo recorde.
O Plano Brasil Sem Miséria terá um reforço importante. Cerca de 70 embarcações ajudarão o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) na busca ativa das famílias que vivem em áreas ribeirinhas na Região Norte e no Pantanal. A secretária nacional de Assistência Social do ministério, Denise Colin, reuniu-se no Rio de Janeiro com a empresa que construirá as embarcações.
Começa nesta quarta-feira (7), às 20 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, a 8ª Conferência Nacional de Assistência Social. Até sábado (10), cerca de 2 mil participantes vão avaliar as mais recentes conquistas e realizações da assistência social no Brasil e apresentar propostas e perspectivas para os próximos dois anos.
O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, calcula que, em 2010, através de programas sociais, o governo federal repassou a 31,8 milhões de brasileiros – a maioria, pobres – R$ 114 bilhões. Ao incluir programas de transferência de renda de menor escala, o montante chega a R$ 116 bilhões.
Por Frei Betto*