Nesta terça-feira (21), representantes de universidades públicas, estudantes e parlamentares discutiram a grave crise da educação superior no Brasil em comissão geral no Plenário da Câmara dos Deputados.
Por Iberê Lopes
O bispo Joaquim Mol, de Belo Horizonte e reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar o ensino religioso em escolas públicas.
Os docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Pernambuco (UFPE) decidiram, em assembleia, aderir a greve para dizer não a PEC 55 do teto de gastos que tramita no Senado e que, caso aprovada no próximo dia 29, congelará os investimentos nas áreas da saúde e educação nos próximos 20 anos. Reitores alertam que as instituições de ensino perderão milhões com a proposta.
Depois do forte movimento contra a terceirização da educação de Goiás, por meio da transferência da administração escolar para Organizações Sociais (OSs), o governador Marconi Perillo (PSDB) e a secretária de Educação, Raquel Teixeira, finalmente admitiram o que estudantes, professores e Ministério Público já sabiam: nenhuma entidade que se candidatou para cuidar das escolas estava apta para tarefa, conforme resultado do processo divulgado na última quarta-feira (23).
Após os reitores das universidades federais rechaçarem o impeachment, a Associação de Docentes da Universidade Federal do ABC (Adufabc) lançou manifesto em defesa da democracia, assinado por mais de uma centena de professores, em que pedem respeito pela legalidade na busca de uma saída para a crise institucional e política.
O professor João Augusto Rocha, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que pesquisa sobre a morte do educador baiano Anísio Teixeira, promoveu, nesta sexta-feira (11/03), um encontro na Escola Politécnica da Universidade, em Salvador, para apresentar as novas informações que contestam a versão oficial de que a morte foi acidental. No novo relatório, Rocha traz provas robustas de que o educador foi assassinado pela ditadura militar (1964-1985).
Em Pernambuco, a luta contra o sucateamento da educação na rede pública também está a todo vapor. Na quarta-feira (9), os estudantes participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Educação, na Assembleia Legislativa (Alep) e denunciaram o fechamento de escolas, turmas, e turnos.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás (OAB-GO), recomendou, na noite de ontem (2), a suspensão do edital de seleção das organizações sociais (OSs) que assumiriam a gestão compartilhada de escolas do estado e pediu diálogo entre os interessados.
Mesmo nas escolas públicas, que se propõem a oferecer condições igualitárias de aprendizado aos alunos em toda a rede, o nível socioeconômico dos estudantes determina quem terá acesso às melhores oportunidades educacionais no ensino médio, segundo um estudo lançado nesta quarta (2) pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
No dia 20 de fevereiro cerca de 450 Sem Terra realizaram um ato simbólico e místico na inauguração da Escola Municipal Comandante Hugo Chávez, localizada no Pré Assentamento Hugo Chávez, em Medeiros Neto, no Extremo Sul da Bahia. A escola tem o objetivo de atender aproximadamente 130 crianças e adolescentes nas modalidades de educação infantil, ensino fundamental e EJA.
2015 foi um ano complexo. A crise econômica e política gerou uma paralisia em diversos setores estratégicos para o desenvolvimento do país e, na Câmara dos Deputados, o cenário foi de manobras inesperadas. A bancada conservadora, munida de um “belo” discurso nacionalista e que se auto-intitula “representantes da tradicional família brasileira”, vêm ameaçando conquistas sociais históricas no campo educacional e dos direitos humanos.
Por Laís Gouveia
No último sábado (9) a secretaria de educação do Estado de São Paulo publicou resolução que abre a possibilidade de aumentar o número de alunos nas já superlotadas salas de aula da rede estadual de ensino. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirmou, em publicação da entidade, que esta medida é resultado da concepção de Estado mínimo adotada pelo PSDB.