Inácio Arruda (PCdoB-CE) é o único representante do Senado na Conferência do Tratado de Não-proliferação, que acontece até sexta-feira, 28, em Nova York. Pouco antes de embarcar, ele conversou com o Vermelho sobre o assunto e sobre o incômodo que tem causado aos países desenvolvidos a posição independente e soberana do emergente Brasil. “Os EUA já não falam mais sozinhos e também têm de ouvir os demais países. E o Brasil se coloca como um daqueles que querem e têm o direito de falar”, ressaltou.
O Irã entregou na segunda-feira (24) o acordo fechado entre o país, o Brasil e a Turquia à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU. Em seguida, a mídia começou a repercutir declarações plantadas pelo governo americano sobre o documento. Nesta terça-feira (25), a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, já se apressou a dizer que o acordo está cheio de "lacunas", omitindo os desdobramentos previstos nele sobre a questão.
Em resolução aprovada ontem (23), a direção nacional comunista analisou o significado do acordo entre o Brasil, a Turquia e o Irã, ressaltando o novo papel do Brasil no mundo. Leia a íntegra
O governo Venezuelano, por meio de seu presidente Hugo Chávez, expressou nesta sexta-feira (20), seu apoio irrestrito ao acordo alcançado no Irã sobre o uso da energia nuclear com fins pacíficos, o qualificando como uma vitória das nações do Sul sobre a agenda de agressão e de violência impelida pelo império estadunidense".
"Se eu estivesse em Washington, correria pela Avenida Pennsylvania, desde a Casa Branca até o Capitólio, com uma grande bandeira brasileira, como fazem os jovens que invadem a Avenida Paulista em São Paulo durante uma partida de futebol, gritando 'Gooooool!'". Quem escreve é o economista americano Robert Naiman.* Veja a íntegra.
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse nesta terça-feira (18) que o acordo sobre a transferência de urânio do Irã deve ser ampliado. Segundo ele, questões como a manutenção do direito ao enriquecimento a 20% do produto devem ser abordadas em uma segunda etapa das negociações. Para Garcia, é necessário considerar que houve um avanço e foi negociado um crédito de confiança entre o Irã a comunidade internacional.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, veio a público nesta terça-feira (18) para insistir mais uma vez na aplicação de sanções contra o Irã, por causa do programa de energia nuclear conduzido pelo país persa. A administração Obama procura assim retirar a importância das negociações que conduziram o Irã a fechar um importante acordo no último fim de semana com o Brasil e a Turquia sobre a questão nuclear.
Passados 65 anos do fim da 2ª Guerra Mundial, a bomba atômica ainda ameaça o mundo. Daí a importância das negociações na 8º Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que acontece neste mês em Nova Iorque. No vídeo da TV Vermelho, entrevistados defendem o uso da energia nuclear para fins pacíficos e medidas pelo desarmamento atômico como fundamentais para a consolidação da paz mundial.
“O acordo aponta para o caminho das soluções negociadas entras as nações contra as soluções impostas por aqueles que imaginam ter capacidade de determinar os rumos de cada país”. Assim avalia o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), membro da Comissão de Relações Internacionais da Câmara, o acordo anunciado entre Brasil-Irã-Turquia. O resultado do acordo foi elogiado por outros parlamentares, que também destacaram o papel do Brasil na condução do acordo.
Os acontecimentos e notícias empolgantes que chegam de Teerã, de acordo afinal firmado, que pode ter evitado crise global em torno do programa nuclear iraniano é desenvolvimento altamente positivo para todos – exceto para os que, em Washington e Telavive, estavam à procura de qualquer pretexto para isolar ou atacar o Irã. Também marca o nascimento de uma nova força altamente promissora no cenário mundial: a parceria Brasil-Turquia.
Por Stephen Kinzer, para o jornal britânico The Guardian
O nome dele é Lula e a humanidade agradece. Mas todo cuidado é pouco. Israel e Estados Unidos farão de tudo para melar o acordo assinado. Com apoio da mídia.
Por Georges Bourdoukan, em seu blog
O consultor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e assistente do presidente da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães afirmou ao Opera Mundi que o acordo entre Brasil, Irã e Turquia é satisfatório e que o ceticismo das potências mundiais “não faz sentido”. Segundo ele, o Irã não tem estoque de urânio que o habilite a construir armas nucleares.