A decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de impor pela quarta vez desde 2006 um pacote de sanções ao Irã, acusado de pretender construir a bomba atômica, pelos Estados Unidos e os países que se perfilaram em favor da resolução, é um sinal nada edificante dos tempos que vivemos. A posição do Brasil se agigantou.
Por José Reinaldo Carvalho*
O presidente Mahmud Ahmadinejad disse nesta quarta-feira (9) durante visita ao Tadjiquistão, que as resoluções aprovadas contra o país pelo Conselho de Segurança da Onu "não têm valor… É como um lenço usado que deveria ser jogado na lata de lixo".
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, disse nesta quarta-feira (9) que as potências ocidentais serão as únicas a sentir a pressão das novas sanções impostas contra Teerã.
Pouco antes do início da sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que decidirá sobre a adoção de novas sanções contra o Irã, três das cinco potências nucleares com direito a veto, deram uma indicação clara de qual será seu voto. Estados Unidos, França e Rússia entregaram ao diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, a resposta oficial com seu parecer sobre o Acordo de Teerã, celebrado no mês de maio entre Brasil, Turquia e Irã.
A comunidade internacional deve deixar Teerã ir adiante com seu programa nuclear para uso civil. O recente acordo tripartite sobre a troca de material nuclear entre Irã, Turquia e Brasil mostra que países influentes que não as grandes potências ocidentais começaram a contribuir para a resolução de questões sensíveis internacionais.
Por Zhai Dequan, para o China Daily
Ao comentar sobre a conclusão do 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (31) que o encontro funcionou como uma espécie de resposta aos países que pretendem dividir o mundo. Lula voltou a defender a cultura da paz e o diálogo entre países.
As potências nucleares se recusam a negociar uma futura convenção para proibição definitiva das armas atômicas; países não-detentores de armamentos nucleares reagem, bloqueando outras medidas de controle.
Para o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, as potências mundiais estão tentando impedir o acesso de países emergentes às grandes questões da diplomacia internacional. Dividindo uma fronteira de 380 quilômetros com o Irã, a Turquia garante que se manterá firme à resolução para a troca de combustível nuclear
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta quinta-feira (27) com rigidez às insinuações de que ele e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyiq Erdogan, foram orientados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para negociar o acordo de paz com o Irã.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira (27) que os Estados Unidos e o Brasil têm "sérias divergências" em relação ao programa nuclear iraniano.
Somente assim concordamos, madame.
Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho
Na avaliação do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, o acordo para a troca de combustível nuclear assinado pelo Irã com a intermediação do Brasil e da Turquia pode vir a se tornar um passo importante para aliviar as tensões internacionais criadas a partir do avanço do programa nuclear iraniano.
O acordo celebrado em Teerã entre o Brasil,a Turquia e o Irã despertou a fúria dos EUA, que insistem na política imperialista de punições, um caminho que contraria os anseios de paz da humanidade.
Por Socorro Gomes*