As gigantes da internet lideram a escalada das multinacionais sobre o Estado e a sociedade.
Por Carlos Drummond, da CartaCapital
O Senado dos EUA aprovou a reforma fiscal de Donald Trump. Agora falta apenas uma nova votação na Câmara dos Representantes para o presidente norte-americano assinar a lei e cantar vitória- para ele e as grandes empresas
A cooperação aceita pelos procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato no Brasil com a Justiça norte-americana, desde o fim de 2014, teve um de seus desfechos no final do último ano. O resultado foi a tutela das autoridades brasileiras para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos investigar e fiscalizar as empresas nacionais.
O Parlamento grego aprovou uma lei que proíbe deputados, governantes e titulares de cargos políticos de deterem participações em sociedades off-shore e empresas sediadas fora de Grécia, divulgou o portal infoGrécia.
Enquanto os parlamentares da oposição ficam papagueando o fim do mundo diante da crise que o país enfrenta, a realidade vai dando conta de revelar as contradições do discurso do “quanto pior melhor”. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, comandada pelo vice-governador Márcio França (PSB), braço direito do tucano Geraldo Alckmin, “apesar da retração da economia brasileira”, os investimentos de grandes empresas aumentaram.
A remessa de lucros e dividendos das empresas estrangeiras instaladas no Brasil vem aumentando de maneira significativa nos últimos anos. O volume de recursos enviado ao exterior totalizou US$23,8 bilhões, em 2013, com aumento de 107% em relação a 2006. A conclusão foi apresentada na Nota Técnica publicada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Nos últimos dias, a empresa chinesa Lenovo, o segundo maior fabricante de computadores do globo, anunciou a compra de todas as ações do maior fabricante eletrônico do Brasil, a CCE. A compra será finalizada no primeiro trimestre do próximo ano. A Lenovo se converte assim no terceiro maior fabricante de computadores pessoais do Brasil.
No ano passado, as multinacionais enviaram US$ 38,1 bilhões de dólares para suas matrizes, 25% a mais do que 2010. Essa notícia foi publicada no jornal O Globo, sem maior alarde, em matéria da repórter Gabriela Valente. A informação é gravíssima e mostra o grau preocupante da sangria de recursos do Brasil, aonde inexistem mecanismos mais rígidos de controle dos fluxos de capital.
Por Altamiro Borges
A Superintendência de Seguros Privados, (Susep), do Ministério da Fazenda, que regula o setor de seguros no Brasil, iniciou um processo contra a seguradora americana National Western Life, que pode lhe render multa recorde de R$ 11 bilhões. Com o avanço das empresas estrangeiras nessa área, no Brasil, o número de companhias irregulares pode chegar a 300, estima a Susep.