A pretensão americana de comprar a Embraer atinge nossa soberania. A Embraer foi fundada em 1969 e até sua privatização em 1994, durante 25 anos, foi alvo de muito investimento público, feito para garantir ao Brasil um espaço na produção de aeronaves e em serviços especiais de defesa aérea. Não é uma empresa qualquer, é estratégica.
Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a Embraer não foi a primeira incursão de grande envergadura no campo aeronáutico, feita pelo Brasil.
Por Luiz Carlos Lima*
A notícia de que a Embraer, a Empresa Brasileira de Aeronáutica e a Boeing estão discutindo uma combinação de seus negócios obrigou o governo brasileiro a dar uma resposta imediata ao assunto.
O interesse da Boeing em comprar a Embraer, oficializado nesta quinta-feira (21) pelas empresas, “causou profundo mal-estar nos setores militares do governo, que não foram avisados da existência dessas tratativas pelo Ministério da Fazenda”, afirma o historiador e ex-assessor estratégico do Ministério da Defesa, Francisco Carlos Teixeira.
Ele disse que não chegou a seu gabinete uma decisão sobre conversas entre Boeing e fabricante de aviões brasileira. “Quando chegar (uma decisão), eu examinarei”, disse, ao destacar que toda parceria comercial é “bem-vinda”.
Se o projeto neoliberal de PMDB e PSDB vencer em 2018, talvez nos reste apostar em qual será a próxima empresa brasileira a ser desnacionalizada.
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos*
A Embraer, mais que uma das maiores empresas de aviação do mundo, é a materialização do sonho de Santos Dumont. Ela é símbolo da capacidade de realização de nossa gente e do poder de voar da inteligência brasileira.
Por Manuela D'Ávila*, em sua página no Facebook
A fabricante de aeronaves americana Boeing está negociando a compra da Embraer, de acordo com o jornal americano Wall Street Journal. A publicação destaca que as empresas aguardam a posição do governo brasileiro sobre o negócio. Atualmente, a Embraer tem um valor de mercado de cerca de US$ 3,7 bilhões. A informação foi confirmada pelas duas empresas. Trabalhadores apontam “ameaça à soberania nacional” e prometem atuar para impedir a venda.
A Embraer fechou neste domingo (14) contratos para a venda de mais de 100 jatos regionais, durante o Salão Internacional de Aeronáutica de Paris. Com isso, as encomendas pelo modelo da nova geração da empresa ultrapassaram 600 aviões.
A Embraer anunciou nessa segunda-feira (30) ter recebido um “pedido firme da KLM Cityhopper”, subsidiária regional da KLM, para o fornecimento de 17 aviões com valor estimado de US$ 764 milhões. Segundo a empresa, serão 15 jatos E175 e dois E190.
vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior paulista, Herbert Claros, foi eleito para ser o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Embraer. A apuração foi feita nesta quinta-feira (12). Segundo o sindicato, é a primeira vez que a entidade conquista uma cadeira desde a privatização da empresa, ocorrida em 1994.
O protótipo do KC-390 realizou seu voo inaugural nesta terça-feira (3), a partir da pista da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP).