Já está no Palácio do Planalto o o modelo do negócio no qual a Boeing e a Embraer criam uma empresa com 51% do capital pertence à empresa norte-americana. A nova empresa seria criada exclusivamente para a linha de aeronaves comerciais.
Com o ilegítimo colocando em prática um programa de governo – do PSDB – que foi recusado nas urnas, se faz necessário refletir sobre que tipo de país ou resto de país será deixado para o futuro.
Por Helena Sthephanowitz
Na edição deste domingo do jornal O Globo mais uma cena ligada aos tempos de golpe, em coluna de Lauro Jardim a informação de que a norte-americana Boeing fechou a compra do controle da Embraer. E vende ao público de que a compra de 51%, e total controle, é mais uma prova de soberania nacional. Segundo Jardim, Temer 'exigiu que a Boeing só tivesse 51%'. Mais uma empresa vai para mãos estrangeiras e travestem a entrega como vantajosa para o país.
A ex-presidente Dilma Rousseff criticou nesta segunda-feira (26), em sua conta no Twitter, a venda da Embraer, anunciada pelo governo de Michel Temer. Para Dilma, a venda é "gravíssima para soberania e a independência do país". Segundo ela, “o Brasil está sendo vendido pedaço por pedaço pelo governo golpista”.
Proposta apresentada pela norte-americana agradou governo, agora venda da companhia está nas mãos dos acionistas, 85% deles estrangeiros.
Fabricante brasileira diz que não tem como comentar previsão sobre potencial combinação de negócios com norte-americana, mas afirma que estão sendo feitas discussões neste sentido.
Governo não pode ceder a pressões comerciais e deve "defender os interesses do Brasil e do povo brasileiro, não da Boeing", afirmam entidades.
Aos poucos, o desenrolar dos fatos confere nitidez ao mosaico político pós-impeachment. As filiais estrangeiras das empresas petrolíferas terão direito a 1 trilhão de reais de cortes de impostos nas concessões do Pré-sal, cujas descobertas vieram pelo esforço tecnológico de décadas dos engenheiros e técnicos brasileiros.
Por Celso Evaristo Silva*
O economista sul-coreano Ha-Joon Chang, que há décadas vive em Cambridge e dá aulas na celebrada universidade local, avaliou, em entrevista a O Estado de S. Paulo, que a venda da Embraer para a Boeing não é bom negócio para o Brasil. Segundo ele, caso a negociação que está em curso se concretize, o país perderá capacidade tecnológica.
Fruto do idealismo de gerações de oficiais da nossa Força Aérea, entre eles o Marechal do Ar Casimiro Montenegro, o Ministro Osiris Silva e o Brigadeiro Sergio Ferolla, a Embraer, ao longo dos seus 48 anos de existência, firmou-se, tal como a Petrobras, a Eletrobras e a Embratel, como símbolo da capacidade criadora do povo brasileiro.
Por Pedro Celestino*
A proposta da Boeing para se associar a fabricante brasileira de aviões Embraer não se restringe apenas à área de aviação comercial e inclui a divisão de defesa da empresa.
A julgar pelo tom de mistério e opacidade dos grandes meios e comunicação, até parece que sociedade brasileira teria sido pega de surpresa com a divulgação do estágio bastante avançado das negociações envolvendo as direções das empresas Embraer e Boeing.
Por Paulo Kliass*