Emanuella Medrades atua para proteger Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa acusada de realizar transações fraudulentas na intermediação da venda da vacina indiana Covaxin ao governo Bolsonaro
O proprietário da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, e a diretora técnica da empresa, Emanuela Medrades, depõem nesta quarta-feira (14) na CPI da Covid. Os dois conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio, mas decisão nesta terça-feira (13) do presidente da corte, Luiz Fux, diz que cabe a CPI a interpretação de que essa qualidade não sirva para obstruir os trabalhos da comissão. Emanuela Medrades, que aguardou decisão de Fux antes de depor nesta terça-feira (13), alegou que estava “exausta” e pediu para ser ouvida nesta quarta quando prometeu quebrar o silêncio. A Precisa assinou um contrato com o Ministério da Saúde de R$ 1,6 bilhão para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. O processo apresentou vários indícios de corrupção na compra do imunizante pelo governo Bolsonaro.
O senador Renan Calheiros, relator da CPI, fez da primeira pergunta um teste com a depoente: “Qual a sua função na empresa?”. “Por orientação dos advogados me reservo ao direito de permanecer calada”, respondeu Emanuella Medrades