“Essas jornadas vigorosas do povo chileno, politizadas, originais e unitárias, representaram um grande estímulo para toda a região”, afirmam Luciana Santos e Walter Sorrentino
Lideranças políticas brasileiras comemoram o avanço da esquerda em toda a América Latina, apontando para as dificuldades e isolamento de Bolsonaro em 2022.
Marcado por traumas históricos, a violência política e a Ditadura Pinochet, o pleito é o primeiro com lideranças de setores considerados mais extremos e sem o protagonismo de Michelle Bachelet e/ou Sebastián Piñera
Nenhum dos dois candidatos que foram ao segundo turno formou grandes maiorias, mas a polarização do resultado põe em evidência o terremoto político que o Chile vive
O professor Pedro Santander faz uma avaliação sobre o crescimento dos discursos de ódio pela ultra-direita no Chile
A original forma de escolha de candidatos a presidente do Chile é o principal destaque na análise internacional de Ana Prestes, que também aborda, nesta segunda-feira (19), as investigações sobre o assassinato de Jovenal Moise, presidente do Haiti, a tentativa de Joe Biden de constranger o governo cubano, os protestos e distúrbios na na África do Sul, a falta de entendimento entre as forças político-religiosas do Líbano para compor um novo governo, a tensão entre a União Europeia e a Hungria em razão das políticas homofóbicas do governo de Viktor Orban e o crescimento da empresa chinesa Xiaomi.
Pela primeira vez, país terá Carta redigida por uma convenção de cidadãos e cidadãs eleitos pelo voto popular. Pleito é uma resposta à pressão das ruas por mudanças em texto da era Pinochet
"A eleição de Michelle Bachelet abre caminho para novas mudanças no Chile e reforça as forças progressistas e populares na América Latina", avaliou José Reinaldo Carvalho ao fazer reflexão sobre a vitória da candidata da coalização Nova Maioria. Bachelet foi eleita presidenta do Chile, neste domingo (15), com 62% dos votos.
A contundente vitória de Michelle Bachelet no segundo turno das eleições presidenciais no Chile situa o país às portas de profundas transformações sociais, caso seja cumprido seu programa de governo.
Por Enrique Torres
Com 93,07% dos votos apurados, Bachelet tinha 62,3% do total neste segundo turno, superando a representante da direita Evelyn Matthei, que foi ministra do Trabalho do atual governo de Sebastián Piñera e obteve 37,7% neste domingo (15/12) até o momento.
O Chile vai às urnas neste domingo, para decidir, em segundo turno, quem ocupará a Presidência da República. A ex-presidenta (2006-2010), Michelle Bachelet, desponta como favorita. Ela conseguiu 46,6 por cento dos votos no primeiro turno das eleições, há um mês, e de acordo com analistas não deve ter dificuldades para superar novamente a adversária conservadora Evelyn Matthei, que ficou com 25,01 por cento dos votos na primeira votação.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, chamou a Aliança da direita chilena a refletir e assumir sua responsabilidade nos magros resultados das recentes eleições. Em entrevista para a emissora de TV Mega expressou que a direita tem muito que aprender com o que ocorreu no primeiro turno das eleições, no qual a candidata presidencial da Aliança, Evelyn Matthei, conseguiu apenas 25% dos votos, enquanto a ex-presidenta Michelle Bachelet, da Nova Maioria, recebeu 47%.