A assunção de Donald Trump à presidência dos EUA se enquadra na onda conservadora que varre o mundo. Com consequências ainda imensuráveis, sobretudo, se ele levar à prática o ódio, a discriminação, o preconceito e o belicismo que marcaram seu tosco discurso de campanha.
Controvérsias em eleições presidenciais nos Estados Unidos não são incomuns e decorrem principalmente do atraso de confuso sistema eleitoral lá adotado, onde o voto popular elege um colégio eleitoral que indica indiretamente o presidente da República.
Por José Carlos Ruy
A democrata Hillary Clinton tem alta probabilidade de converter-se na primeira mulher presidente dos Estados Unidos, embora seu rival republicano Donald Trump pode surpreender, de acordo com o resultado de várias pesquisas divulgadas nesta terça-feira (4).
O jornal The Arizona Republic destacou nesta quarta-feira (28) que Hillary Clinton tem o temperamento e a experiência para ser presidenta dos Estados Unidos. É o primeiro apoio deste jornal tradicionalmente republicano a um candidato democrata em seus 126 anos de história.
Na abertura da 22ª edição do Festival de Cinema de Sarajevo, na Bósnia, o ator norte-americano Robert De Niro, comparou o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, ao seu personagem no filme "Taxi Driver".
As eleições nos Estados Unidos, disputada pelo presidente Barack Obama, que concorreu à reeleição pelo Partido Democrata, e Mitt Romney, candidato pelo conservador Republicano, movimentaram a opinião pública mundial desde o início do ano. Embora houvesse certo consenso de que pouco mudaria no âmbito das relações internacionais, diversas correntes progressistas manifestaram preferência por Obama, que seria um mal menor.
Primeiro presidente negro em um país racista, Barack Obama chegou à Casa Branca, quatro anos atrás, em meio a expectativas favoráveis, dentro e fora dos EUA. Havia fé em um mandato comprometido com o bem-estar dos cidadãos comuns e com uma postura mais pacífica no plano internacional.
Por Igor Fuser, no Brasil de Fato
A reeleição de Obama, que contou com a torcida discreta da presidente Dilma, é um alívio para o Brasil e a América Latina. Mitt Romney (que, na intimidade, chamo de Mitt "Money”) representaria a volta das políticas elitistas e intervencionistas de Reagan e George W. Bush. E, com certeza, uma forte política econômica protecionista, que afetaria as exportações brasileiras aos EUA.
Por Frei Betto, na Adital
O presidente da Bolívia, Evo Morales, enviou, nesta quarta-feira (7) uma mensagem ao presidente reeleito dos Estados Unidos, Barack Obama. Evo sugeriu que Obama agradeça o grande respaldo demonstrado pela comunidade latina na eleição recente suspendendo o bloqueio econômico e comercial que há 50 anos os EUA impõem, de maneira ilegal, sobre Cuba.
Para o presidente venezuelano, Hugo Chávez, há poucas esperanças para uma nova abordagem na política externa dos Estados Unidos, independentemente de quem vença as eleições presidenciais de 2012: “Nós não temos muitas esperanças desde o nosso ponto de vista de que ganhando um ou outro haverá mudanças importantes quanto à relação dos Estados Unidos com o mundo, América Latina e Venezuela”, disse, durante reunião ministerial no Palácio de Miraflores.
Nesta terça-feira (6) os estadunidenses escolhem o presidente que governará o país nos próximos quatro anos. A atenção do mundo todo se volta, neste momento, para a disputa que até o momento segue supostamente empatada, apesar de as pesquisas apontarem pequena vantagem para Barack Obama sobre Mitt Romney. Nesta segunda-feira (5), o embaixador dos Estados Unidos em Madri, Alan D. Solomont, afirmou que o resultado não deverão influir na política de seu país em relação à América Latina.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos em novembro próximo colocam mais uma vez frente a frente os Partidos Democrata e Republicano e as pretensões renovadoras que o primeiro reivindicou a partir da candidatura de Barack Obama, em 2008, único Presidente negro da história do país.
Por Carlos Eduardo Martins*, no blog da Boitempo