O Movimento 6 de Abril (MJ6A) anunciou nesta segunda-feira (23) fim do apoio ao atual governo do Egito. Após organizar protestos públicos os líderes do movimento, Ahmed Maher, Mohamed Adel e ahmed Douma foram condenados a três anos de prisão e multa de 50 mil libras egípcias (aproximadamente US$7 mil).
Um balanço dos principais temas no Oriente Médio inclui, inevitavelmente, o papel dos Estados Unidos. Na retomada das negociações entre Israel e os palestinos – tratada separadamente pelo Vermelho –, no acordo nuclear com o Irã, no conflito na Síria e no uso de drones para ataques na Ásia Central, os EUA estão ativamente envolvidos nas questões de maior relevância na região, mas a análise sobre a sua decadência geopolítica também é abundante.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Com um apelo contra decisão judicial que impôs pena de banimento à Fraternidade Muçulmana, com confisco de todos os bens da organização, derrubado pelo Tribunal na 4ª-feira passada – e com o presidente Mursi, na mesma semana, comparecendo ante um tribunal no Cairo, que o acusa de crimes para os quais a lei egípcia prevê a pena de morte – encerra-se com violência um importante capítulo da história do movimento islâmico sunita.
A visita do presidente do cipriota Nicos Anastasyades ao Cairo suscitou uma grande onda de discussão sobre a importação egípcia de gás israelense através do Chipre. A causa da confusão foi a contradição entre as declarações feitas à imprensa, na sexta-feira (13), pelo primeiro-ministro interino do Egito, Hazem Beblawi, e as do Ministério do Petróleo no seu gabinete. Segundo Beblawi, seu encontro com Anastasyades não tocou na importação de gás israelense via Chipre.
O ministro de Defesa egípcio, general Abdel Fattah El Sisi, recebeu nesta quinta-feira o chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Lloyd Austin, informaram fontes oficiais.
O ministro de Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmi, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, mantiveram uma conversa telefônica neste domingo (8), segundo fontes diplomáticas egípcias, para abordar os últimos acontecimentos regionais e a situação do país norte-africano. No mesmo dia, 155 manifestantes foram absolvidos das acusações ligadas aos seus protestos, enquanto a polícia reprimia outra grande manifestação dos estudantes da Universidade de Al-Azhar, contrários ao julgamento.
De acordo com o jornal Al-Watan, do Kuwait, um porta-voz do presidente interino do Egito disse que o país irá “de mal a pior”, enquanto a situação atual se mantiver. A declaração de Ahmed Muslimani “chocou e surpreendeu” seus colegas, de acordo com o jornal que apoiou a destituição do presidente Mohammed Mursi, em julho, pelo Exército egípcio. Nesta segunda-feira (2), o Egito testemunhou mais protestos pró-Mursi na Praça Tahrir, apesar da lei que restringe as manifestações.
O painel de 50 especialistas encarregados da reforma da Constituição do Egito celebra uma reunião final, nesta segunda-feira (2), antes de entregar o projeto ao presidente interino, Adly Mansour, que deve convocar um referendo para a sua aprovação. No domingo (1º/12), manifestantes entraram em confrontos contra as forças de segurança nas ruas da capital, Cairo, em protestos contra uma legislação que, segundo os ativistas, reforça o poder político do Exército.
Um relatório especial publicado nesta quinta-feira (28) pelo portal Middle East Monitor (MEM) ressalta as negociações do governo interino do Egito, apoiado pelo Exército, para comprar gás de Israel através do Chipre. Segundo o portal, o relatório levantou uma série de questões sobre as motivações das forças políticas e militares que impulsionaram a destituição do ex-presidente Mohammed Mursi, no início de julho, e sobre os bastidores das relações com Israel.
A chancelaria egípcia qualificou nesta quarta-feira como "inaceitáveis" as críticas formuladas pelo governo dos Estados Unidos à lei de manifestações promulgada no domingo passado pelo presidente interino, Adly Mansour.
Os conflitos de rua entre rivais e adeptos da Irmandade Muçulmana, nos quais intervieram forças antimotins, causaram até o início da noite de sexta-feira (22) três mortos e 15 feridos, segundo fontes oficiais.
Uma coalizão liderada pela Irmandade Muçulmana no Egito anunciou que pretende entrar em diálogos com o governo interino do país, para colocar um fim ao impasse político atual, de acordo com a agência de notícias Associated Press, em matéria deste domingo (17).