A nova Constituição do Egito foi aprovada através do referendo realizado nesta terça (14) e quarta-feira (15), de acordo com os resultados divulgados pelo Ministério do Interior, nesta sexta-feira (17). O retorno à constitucionalidade fica dependente, assim, da realização das eleições presidenciais e parlamentares, ainda neste ano.
Ao menos 11 pessoas morreram em protestos contra o governo interino do Egito e 140 foram detidas, enquanto o referendo pela Constituição entra em seu segundo e último dia, nesta quarta-feira (15), com um esquema de segurança rigoroso anunciado, com cerca de 160.000 soldados e mais de 200.000 policiais destacados.
A primeira jornada do referendo constitucional no Egito começou, nesta terça-feira (14), com a explosão de uma bomba artesanal na capital, Cairo. No fim de semana, diversas manifestações continuaram a ser relatadas, principalmente entre simpatizantes do ex-presidente Mohammed Mursi, que foi deposto pelo Exército em julho.
A fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza costumava ser movimentada até há alguns meses, enquanto comerciantes traziam uma grande variedade de bens egípcios – desde suprimentos alimentícios até matéria-prima – através de centenas de túneis subterrâneos. Mas essas estruturas entre Rafah, em Gaza, e o Sinai egípcio, foram silenciados.
Mais protestos foram noticiados neste domingo (12), na capital do Egito, Cairo, dois dias antes da realização do referendo sobre a nova Constituição, nesta terça (14). A polícia egípcia reagiu aos protestos ainda contra a deposição do ex-presidente Mohammed Mursi, em julho passado, e contra o governo interino e a comissão constituinte, respaldados pelo Exército que o destituiu. No mesmo sentido, o general Abdel Fattah al-Sisi, que liderou o episódio, disse que poderá concorrer à Presidência.
Pelo menos 11 pessoas morreram nesta sexta-feira (3), em várias cidades do Egito, durante confrontos entre a polícia e apoiadores da Irmandade Muçulmana, anunciou o Ministério da Saúde. Os maiores incidentes ocorreram no Cairo, na Alexandria, Ismailia e em Fayum.
A Comissão Eleitoral do Egito anunciou, nesta quarta-feira (1º/01), que está confirmada, até o momento, a supervisão de seis organizações internacionais nas votações para a nova Constituição do país norte-africano. Uma comissão de mais de 50 membros, nomeados pelo governo interino de Adly Mansour, formulou o texto que será votado pelo povo egípcio, embora a preocupação com a violência da repressão às manifestações ainda seja urgente.
Um estudante morreu neste sábado (28) nos confrontos entre a polícia e apoiadores da Irmandade Muçulmana, que atearam fogo a um edifício da Universidade de Al-Azhar, no Cairo. O jovem, de 19 anos, foi baleado quando a polícia entrou no recinto universitário, segundo a mesma fonte.
Uma erupção de protestos islamistas nesta sexta-feira (27) em quase todo o Egito deixou dois mortos e vários feridos, entre eles quatro soldados, como informaram fontes oficiais.
Depois de o Governo Interino do Egito ter incluído a Irmandade Muçulmana na lista de organizações terroristas, o grupo anunciou um plano de protestos diários a partir de janeiro. O programa intitulado "Libertar, empoderar e manter a vontade popular" foi acordado no dia 24 de novembro e começará a ser executado de 4 a 25 de janeiro.
Nesta quinta-feira (26), uma bomba explodiu um ônibus no Cairo, deixando cinco feridos em estado leve e um em estado grave, como informou o Ministério do Interior. Outras duas bombas estavam instaladas na região e foram desativadas antes do acionamento. O atentado é o primeiro cometido contra civis desde que o exército derrubou ,em julho, o presidente islamita Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.
Uma explosão de duas bombas em frente ao prédio da Direção de Segurança em Mansoura, no Egito, deixou 12 pessoas mortas e 130 feridas, como confirmaram autoridades locais.