Os manifestantes no Egito convocaram para esta segunda-feira, 31, uma greve geral sem prazo para terminar. Além disso, pretendem fazer na terça uma "marcha de um milhão", a fim de marcar a primeira semana do início dos protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak.
Hillary Clinton declarou à imprensa que é preciso evitar a todo custo o vazio de poder no Egito, que o objetivo da Casa Branca era uma transição ordenada à democracia, à reforma social, à justiça econômica, e que Hosni Mubarak era o presidente do Egito e o que importava era o processo, a transição.
Por Atilio Boron, no Página 12
Tradução: Sandra Luiz Alves
Os Estados Unidos criticam "ditadores" apenas quando estes não lhe são úteis. Mas quando prestam serviços ao imperialismo, recebem sólido apoio da Casa Branca. O ditador egípcio Hosni Mubarak contava com o apoio americano até agora. Mas com a entrada de Mohamed ElBaradei no jogo, o governo Obama já se sente seguro para rifar Mubarak e colocar o ex-chefe da AIEA em seu lugar? Esta é a pergunta que os analistas mais fazem neste momento.
O chargista carioca Carlos Latuff mora no Rio de Janeiro, mas, nesta semana, seus desenhos ganharam as ruas do Egito nas mãos de manifestantes. A charge que mostra o presidente egípcio Hosni Mubarak alvo de um sapato não foi publicada por nenhum jornal – sob a censura do regime autoritário – mas circulou nas mãos dos ativistas, como esse no Cairo. "É uma forma de soltar um grito atravessado na garganta por 30 anos", diz Latuff, em referência aos anos de Mubarak no poder.
Egito suspendeu as atividades do escritório da rede de TV no país e retirou as permissões oficiais de todos os correspondentes. Ministério de Informação não divulgou os motivos.
Pode ser o fim. É certamente o começo do fim. Em todo o Egito, dezenas de milhares de árabes enfrentaram gás lacrimogêneo, canhões de água, granadas e tiroteio para exigir o fim da ditadura de Hosni Mubarak depois de mais de 30 anos.
por Robert Fisk, The Independent, UK
Tradução: Caia Fittipaldi
A Irmandade Muçulmana, principal força de oposição do Egito, lançou um apelo neste sábado (29) por uma transição pacífica do poder, em um comunicado divulgado no quinto dia de protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak.
Dia de orações ou dia de ira? Todo o Egito está à espera do sabbath muçulmano hoje – para nem falar dos assustados aliados do Egito –, enquanto o envelhecido presidente do país agarra-se ao poder depois de noites de violência que já fazem os EUA duvidarem da estabilidade do regime de Mubarak.
Por: Robert Fisk*, no The Independent, UK. Tradução: Vila Vodu
Egípcios voltam às ruas nas cidades de Cairo, Suez e Alexandria, no quarto dia consecutivos de protestos contra o governo e polícia entra em choque com manifestantes.
Dois manifestantes e um policial foram mortos no Egito, durante volumosos protestos contra o governo de Hosni Mubarak. Dois civis foram mortos na cidade de Suez, no nordeste. Um teria sido agredido com gás lacrimogêneo lançado pelas forças de segurança e o outro com pedras atiradas por manifestantes, embora as versões sobre as causas dessas mortes sejam contraditórias.
O Partido Nacional Democrático, do presidente o Egito, Hosni Mubarak, elegeu no último fim de semana 424 deputados, dos 508 que compõem o Parlamento, conforme anúncio feito na segunda-feira (6) pela Comissão Eleitoral.
Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 novas esfinges (estátuas com corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro) na antiga avenida que unia os templos faraônicos de Luxor e Karnak, 600 quilômetros ao sul do Cairo.