Câmbio, custo do investimento, reprimarização da pauta de exportações, desindustrialização são problemas estruturais da economia brasileira anteriores à crise que se agravaram a partir da quebra do banco Lehmon Brothers, há um ano. O governo, no entanto, parece não ter aproveitado a crise para superar tais problemas estruturais.
Os bancos não aprenderam as lições da crise econômica, afirmou o Instituto de Pesquisa em Políticas Públicas (IPPR, na sigla em inglês), uma think tank britânica. Segundo a organização, a rápida volta da "cultura do bônus" nos grandes bancos e instituições financeiras dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha mostra que a reforma do sistema foi "bastante limitada".
No próximo governo, o Brasil terá taxas de juros em um patamar muito baixo como ocorre em países de primeiro mundo, afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Lula, Meirelles e Mantega comentam desempenho da economia em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conhecido como “Conselhão”. Para Lula é hora de os empresários retomarem os investimentos. O presidente Meirelles e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacaram na reunião que a queda forte dos investimentos foi o fator mais negativo da crise financeira global.
O 5º Encontro de Economia Baiana, organizado pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), em parceria com o Curso de Mestrado em Economia da Universidade Federal do Estado da Bahia (Ufba) e Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), da Secretaria do Planejamento (Seplan), começa, nesta quinta-feira (17), no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, com um tom de crítica ao neoliberalismo.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, disse nesta segunda-feira, que as descobertas do pré-sal vão pelo menos triplicar as reservas de petróleo e gás natural do país.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que que o projeto de lei que define a taxação das cadernetas de poupança pode ser alterado no futuro caso o cenário, como é esperado pelo governo, aponte para juros reais (descontada a inflação) na casa dos 2% ou 2,5%.
O Brasil e a China criaram um grupo de trabalho para analisar a viabilidade da implementação de um programa de comércio bilateral nas respectivas moedas em substituição do dólar americano.
A atuação do Banco Central (BC) para segurar a crise foi muito além da redução da taxa Selic, que mede os juros básicos, para o menor nível da história. De outubro do ano passado até o fim de agosto, a autoridade monetária injetou R$ 213,6 bilhões no sistema financeiro para manter a economia em funcionamento em meio à escassez internacional de crédito.
Apesar de todas as manchetes sobre a volta do Estado à economia, ele nunca se retirou, e os EUA são o maior exemplo disso, afirma Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora do Departamento de Governo e Relações Internacionais da Universidade de Sydney (Austrália).
Por Claudia Anutes, na Folha de S. Paulo
Aquela crise iniciada a nível global há precisamente um ano atrás, o Brasil conseguiu digerir. Mais do que isso, ao que tudo indica a economia do país voltou ou está a caminho de voltar a desfrutar do dinamismo que antecedeu a crise, exceto no que diz respeito às exportações que já estão melhorando.
Por Julio Gomes de Almeida*, de São Paulo, na Terra Magazine
A queda na arrecadação federal também teve efeito nos cofres estaduais e municipais, sustentados em parte pelas transferências da União por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).