Trabalhadores com carteira e freelancers demitidos da Editora Abril fazem assembleia na quinta-feira (8) para definir ações necessárias para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas devidos. No último dia 22 de outubro, a empresa apresentou seu plano de recuperação judicial que inclui prazos muito longos e descontos para a quitação dos valores devidos.
É exagerado temer que o Brasil passe por um período de restrições à liberdade de expressão e manifestação ou até mesmo de retorno da censura oficial? Para a Associação Juízes para a Democracia (AJD) e Associação Latinoamericana de Juízes do Trabalho (AJLT), não.
Com a Carteira de Trabalho verde e amarela, e outras medidas (como o anunciado 13º do Bolsa Família) Bolsonaro tentará seduzir, e atrair para sua órbita, os milhões de trabalhadores hoje desempregados e desalentados.
Os empregadores só vão contratar trabalhador que apresentar a carteira verde e amarela. A constatação é do advogado trabalhista, Magnus Farkatt, ao comentar para o Portal Vermelho a proposta apresentada pelo candidato à presidência Jair Bolsonaro. Na prática essa carteira vai fazer o trabalhador renunciar a direitos para conseguir um emprego, completou Magnus. “Bolsonaro amplia a vantagem do empregador sobre o trabalhador”.
Por Railídia Carvalho
Seguindo a linha de Jair Bolsonaro (PSL), que diz que se eleito o trabalhador deverá escolher entre ter menos direitos e mais empregos, o seu vice na chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), defendeu a extinção do pagamento de 13º salário e de adicional de férias aos trabalhadores.
A rede de fast-food Mc Donald’s foi condenada a pagar multa de R$ 7 milhões por contratar trabalhadores e trabalhadoras pelo regime de jornada intermitente, em Recife.
De 1.566 greves acompanhadas pelo Dieese no ano passado, 1.269 (81%) tiveram caráter defensivo, ou seja, em defesa de direitos, por manutenção ou, principalmente, descumprimento de acordos. Embora seja 25% menor que no período 2013-2016 (2 mil, em média), o instituto lembra o número é "bastante superior" ao do período anterior a 2013 (em torno de 500 paralisações por ano). "Pode-se dizer que esse grande ciclo de greves, iniciado há alguns anos, ainda está em marcha", afirma.
Cerca de 300 jornalistas, administrativos, distribuidores, gráficos demitidos em massa pela Abril, além de profissionais freelancers dispensados, fizeram um protesto contra as demissões e o calote dado pela editora, em ato público no dia 14 de setembro em frente à portaria da gráfica da empresa, próxima da Marginal Tietê, na zona oeste da capital paulista.
Por Flaviana Serafim
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), candidata à reeleição, repudiou fortemente a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) à terceirização das atividades-fim das empresas, nesta quinta-feira (30). Em vídeo publicado nas suas redes sociais, a parlamentar alertou que o STF consolidou algo muito grave para o mundo do trabalho.
A Editora Abril, da família Civita, pede recuperação judicial um dia antes da obrigação de pagar a indenização rescisória de 800 funcionárias e funcionários demitidos no início de agosto.
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, apresentou suas propostas para a valorização do trabalho em vídeo publicado nas redes sociais. Para Manuela, é possível desenvolver o Brasil garantindo a valorização do trabalho. “Garantir o desenvolvimento diminuindo juros, uma taxa de câmbio favorável às indústrias brasileiras e uma taxa alta de investimentos do governo”, propõe.
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que congrega 22 Confederações, reuniu nesta terça-feira (20), em Brasília, dirigentes das entidades filiadas para definir uma agenda de ações para 2018 em defesa dos direitos trabalhistas, incluindo a realização de um Congresso Nacional da Classe Trabalhadora em Praia Grande, litoral de São Paulo.