A burguesia transformou o Dia do Trabalhador – o 1º de Maio – num mero Dia do Trabalho. O Dia da Mulher manteve a denominação original, mas sua natureza classista está em xeque.
A alemã Clara Zetkin em 1910, há 109 anos durante o 2º Congresso Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, defendeu a existência de uma data para marcar a luta pelos direitos das mulheres, sobretudo o direito ao voto. Em 2019 nas ações para preparação deste momento de luta nos encontramos diante de ataques frontais aos nossos direitos arduamente conquistados, por um governo que despreza as mulheres, a população negra, LGBTs e os trabalhadores.
Por Elza Campos*
Em alusão ao 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato de Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Comissão de Mulheres Jornalistas da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) realizam debates sobre os direitos das mulheres, feminismo e comunicação. Serão quatro rodas de conversa, no projeto “Mulher, Direitos e Mídia”, com transmissão ao vivo, realizados na sede do Sindicato, nos dias 8, 13, 22 e 29 de março.
“Na quarta-feira, não vi uma única pesquisa favorável à mulher e à sua situação. Estamos sujeitas à violência de todos os tipos, diariamente, a partir da hora em que abrimos os olhos pela manhã; ganhamos menos do que os homens em até 62% realizando o mesmo trabalho, embora tenhamos investido mais tempo estudando e 40% de nós sejamos chefes de família”.
Por *Regina Ribeiro
A Assembleia Legislativa do Ceará promoveu, no segundo expediente desta quarta-feira (08) na Assembleia Legislativa, sessão solene em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Estiveram presentes nos pronunciamentos a questão da desigualdade de gênero e a luta das mulheres pelo respeito e direitos conquistados.
O deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB) fez, durante sessão plenária da última quarta-feira (08), uma homenagem às mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. O parlamentar citou mulheres que entraram para a história, como as cearenses Bárbara de Alencar, Rachel de Queiroz e Maria da Penha. Carlos Felipe destacou que a data surgiu a partir de um protesto feminino, em 1911. Ele também lembrou a luta das mulheres na revolução russa em 1917, e pelo voto, no Brasil, em 1930.
A Câmara Municipal de Fortaleza realizou, na última quarta-feira (08), uma solenidade em alusão ao Dia Internacional da Mulher. A homenagem foi proposta pelas vereadoras Larissa Gaspar (PPL), Lucimar Costa (Bá) (PTC), Cláudia Gomes (PTC), Eliana Gomes (PCdoB), Marília do Posto (PRP) e Priscila Costa (PRTB), através da Resolução 1.226 /2013, da Casa Legislativa.
Durante toda a manhã da última quarta-feira, dia 8 de março, membros do Partido Comunista do Brasil em Camocim fizeram a entrega de rosas vermelhas às mulheres camocinenses que diariamente seguem ao centro comercial da cidade. O ato ocorreu em frente à Praça Zequinha Ximenes – conhecida Praça do Hospital – e contou com a presença dos vereadores da sigla.
A manifestação em alusão ao Dia internacional da Mulher em Fortaleza neste ano foi emblemática. Além da pauta relativa às mulheres, cerca de cinco mil pessoas voltaram a ocupar as ruas da capital cearense, nesta quarta-feira (8), para defender a democracia e ratificar a luta contra as reformas previdenciária e trabalhista.
“O problema da discriminação das mulheres não fica só no campo da violência, o que já é muito grave. Para enfrentar, devemos reagir, denunciar e usar a lei. Entretanto, ela vai além, abrange outras áreas importantes como salários inferiores, pouca representação política, cargos de direção de empresas e governos que são ocupados de forma majoritária por homens. Devemos atuar em todas as fronteiras dessa desigualdade”.
Por *Arruda Bastos
Nem chocolate nem flores: as mulheres cearenses ocuparão as ruas de Fortaleza na próxima quarta-feira (08), data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, para lutar por mais direitos. O ato unificado, que reunirá representantes das diversas frentes dos movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos, terá concentração a partir das 8h, na Praça da Imprensa (no cruzamento entre as avenidas Antônio Sales e Desembargador Moreira).
"E ainda há quem pergunte por que precisamos dos feminismos. Precisamos para não precisar lembrar que precisamos ter direito à liberdade, ao prazer, à segurança e à vida. Porque vivemos em uma sociedade desigual nas relações de gênero e que ainda persegue mulheres feministas. Porque temos direitos garantidos por lei que não são plenamente implementados”.
Por *Lorena Brito