Para o enfrentamento da desigualdade de gênero nos âmbitos familiar, profissional e de participação política e combater a violência sexista, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) apresentou à Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 9689/18, que inclui a previsão da igualdade entre homens e mulheres como princípio de ensino e diretriz do Plano Nacional de Educação (PNE).
O discurso de Michel Temer (PMDB) pelo Dia Internacional da Mulher, do ano passado, deixou a presidente eleita da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Vera Deboni, “indignada”. Enquanto o presidente da República reduzia o papel das mulheres na economia a saber os preços do supermercado, em uma carta aberta, ela apontava: “O senhor precisa saber que, em pleno século 21, nossa força de trabalho representa 43,8% do total no país”.
Por Fernanda Canofre para o Sul 21
Em entrevista à Revista Mulher de Classe, a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas, faz amplo balnaço da conjuntuar e dos desafios da luta pelo igualdade de gênero em uma conjuntura de retrocessos.
Uma pesquisa realizada pela Oxfam Brasil e pelo Instituto Datafolha identificou as percepções dos brasileiros e brasileiras sobre as desigualdades no país. O estudo, feito com 2.025 pessoas, em agosto de 2017, trata de temas como diferenças socioeconômicas, meritocracia, racismo, distinção de gênero e apoio do Estado. Uma das conclusões da levantamento é que as desigualdades são sentidas pelos brasileiros de maneiras diferentes para diferentes grupos.
A mulher trabalha 5,4 anos a mais do que o homem ao longo de cerca de 30 anos de vida laboral, segundo simulação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O trabalho extra é resultado dos afazeres domésticos. O cálculo foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que mulheres e negros são os mais atingidos pelo aumento da taxa de desocupação (desempregados, subempregados e dos que querem trabalhar e não conseguem). Entre os que se autodeclaram negros o percentual é de 14,4% (entre os autodeclarados brancos é de 9,5%) e entre as mulheres é de 13,8% enquanto a dos homens é de 10,7%.
Por Railídia Carvalho
A desigualdade e a concentração de renda diminuíram no Brasil, mas seguem elevadas, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (2) na Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE.
Enquanto no Brasil é aberta uma nova filial da “Escola para Princesas” que busca ensinar crianças a cuidar da casa, dos filhos, ter “etiqueta social” e saber se “comportar como mulheres”, no Chile acontece exatamente o contrário: uma escola que ensina o “desprincesamento”.
A análise do perfil das candidaturas para as Eleições 2016 revela, mais uma vez, o sexismo e o racismo das estruturas de poder no Brasil. Das 493.534 candidaturas em todo o Brasil, sendo 156.317 candidaturas do sexo feminino, apenas 14,2% (70.265) são mulheres negras concorrendo ao cargo de vereadora e 0,13% (652) ao cargo de prefeita – considerando-se “negra” a somatória das variáveis ‘pretas’ e ‘pardas’.
Alterando profundamente o texto original da medida provisória 696/2015 em relação aos direitos das mulheres, o senado aprovou nesta quarta-feira (10) o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 25/2015 retirando a perspectiva de gênero das atribuições do ministério das mulheres, direitos humanos e igualdade racial. A aprovação revoltou lideranças do movimento de mulheres que consideram retrocesso aos direitos conquistados nos últimos anos. O texto será encaminhado para sanção.
Por Railídia Carvalho
Conheça projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que ameaçam direitos das mulheres, impõem retrocessos e inibem o amplo debate na sociedade.
O IBGE divulgou nesta quinta (28) a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), onde aparece que os negros ainda ganham 40,8% a menos que os brancos. “O racismo brasileiro é impressionante. Mesmo com cotas nas universidades e com reconhecida elevação no grau de conhecimento e aperfeiçoamento profissional, os negros não conseguem ganhos salariais”, diz Mônica Custódio, secretária de Promoção da Igualdade Racial da CTB.