A retomada da produção industrial é indispensável para que o Brasil volte a crescer. Mas o governo não vem adotando ações em benefício da indústria. “Eu não identifico medidas governamentais nesse sentido”, pondera José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e também da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI).
Apesar de o governo repetir o tempo todo que há sinais de uma retomada da economia, os números não param de contradizer o discurso oficial. Nesta segunda (7), pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que o nível de desemprego no país permanece elevado e não dá sinais de que a tendência será revertida.
O banco Itaú continua a aplicar uma política de demissões e fechamento de agências mesmo com continuidade dos altos lucros. Nesta semana, a instituição apresentou o balanço financeiro do terceiro trimestre do ano, que revelou lucro líquido de R$ 5,3 bilhões, sendo que nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 16,3 bilhões.
A ironia e o desrespeito aos trabalhadores deu o tom do discurso de Michel Temer, nesta quinta-feira (27), em cerimônia no Palácio do Planalto. “(…) Quem sabe quando os senhores [pequenos e médios empresários] saírem, os senhores convidam aqueles que estão lá fora para ver se não tem emprego, quem sabe dar um emprego, não é? Acho que é uma fórmula muito adequada, não é verdade?”, discursou Temer. “Lá fora” acontecia um ato em defesa da legislação trabalhista.
Por Railídia Carvalho
Em um ano, país tem 3 milhões de desempregados a mais, atingindo 12 milhões. São menos 2,2 milhões de ocupados, com perda de 1,3 milhão de vagas com carteira. Massa de rendimentos cai quase R$ 7 bi
As reuniões do Fórum Nacional de Desenvolvimento Produtivo se resumem a discussões vagas, sem posicionamentos ou ações concretas da parte do governo Temer para resolver a crise que assola o Brasil. Matéria publicada nesta terça-feira (25) no portal da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) resume desta forma o Fórum que reune trabalhadores e empregadores, além de representantes do governo Temer.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) prevê retração de 0,9% no Produto Interno Bruto da região em 2016. Segundo a entidade, diante da recessão, a taxa de desemprego chegou a 9,2% no 1º semestre, ante 7,6% em igual período de 2015. Paralisado pelo boicote à gestão de Dilma Rousseff e agora sob o comando de Michel Temer, o Brasil teve a pior taxa da região para o período – 12,4% de desempregados, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao 1º semestre de 2015.
A mídia chapa-branca, embriagada com o aumento da grana da publicidade oficial, prefere estampar nas manchetes a "histórica" queda no preço da gasolina – de 1 centavo! – do que tratar com seriedade sobre a explosão do desemprego no país.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
O setor privado na Argentina perdeu 118.074 empregos formais entre o quarto trimestre de 2015 e o segundo de 2016, informou nesta sexta-feira (14) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e mais cinco centrais sindicais, além seis confederações dos setores de indústria e comércio, que compõem o Fórum Nacional de Desenvolvimento Produtivo, participaram nesta terça-feira (4), no palácio do Planalto, de reunião sobre a retomada do crescimento do País. Pela equipe de Michel Temer estavam o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, e o assessor especial da Presidência da República, Sandro Mabel.
O "deus-mercado" prometeu que com o golpe do impeachment de Dilma a economia iria deslanchar e que os empregos ressuscitariam num passe de mágica. Já a mídia privada, que antes só dava notícias pessimistas, mudou abruptamente de postura e passou a difundir um cenário róseo.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
As forças que ampararam o golpe apresentavam o impeachment como a grande saída para a crise econômica. Muitos diziam apoiar o impedimento “pelos 11 milhões de desempregados no país”. Pois bem, cinco meses após o afastamento de Dilma Rousseff, sob a gestão de Michel Temer e Henrique Meirelles, os tais 11 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho rapidamente se transformaram em 12 milhões. Sem agir para reverter o quadro, o próprio governo anuncia que a situação ainda vai piorar.