Afogado em citações de delatores na Operação Lava Jato, o governo de Michel Temer (PMDB) tenta desviar a atenção anunciando um “pacote de medidas”, nesta quinta-feira (15), com a promessa de aquecer a economia e gerar emprego. No entanto, a proposta chamada de “microeconômica” facilita a demissão de trabalhadores e busca garantir o pagamento dos bancos.
Por Dayane Santos
Os dados apresentados nesta quarta (30) pelo IBGE, com o sétimo trimestre seguido de queda no Produto Interno Bruto (PIB), somados com os números trazidos pelo Seade e pelo Dieese, com a manutenção do desemprego em patamares elevados, apontam para cenário econômico "perverso", sem perspectivas para a saída da crise.
A retomada de investimentos no país passa pela regulamentação do acordo de leniência previsto no Projeto de Lei nº 3636/2015 que aguarda ir à votação na Câmara dos Deputados. As centrais de trabalhadores reivindicaram ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que seja acelerada a tramitação do PL. Em nota, os dirigentes das centrais afirmam que o acordo servirá para impedir o avanço do desemprego além de sinalizar para a retomada do crescimento.
A taxa de desemprego no país foi a 11,8% no trimestre encerrado em outubro, ante 11,6% em julho e 8,9% em igual período do ano passado, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça (29) pelo IBGE.
Por trás das barbaridades cometidas por Dilma e Temer há uma teoria econômica que a mídia reverencia como verdade — mas que serve apenas aos interesses da oligarquia financeira.
Por Luis Nassif
Seguindo o receituário golpista de precarizar para privatizar já sinalizado para o Banco do Brasil, agora é a vez da Caixa Econômica Federal. Declaração do presidente da estatal, Gilberto Occhi, indicam que nos próximos dias será aplicado um plano de “aumento de eficiência para 2017”, ou seja, plano de fechamento de 100 agências e um programa de aposentadoria incentivada que pode demitir cerca de 11 mil funcionários.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou estudo sobre o negro no mercado de trabalho.
Número de desocupados supera 12 milhões. Incluindo o que o IBGE chama de subutilização da força de trabalho, total chega a quase 23 milhões.
O fraco desempenho da economia seguiu causando mais desemprego para as pessoas negras residentes na Região Metropolitana de São Paulo, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17), pela Fundação Seade e pelo Dieese.
A recente crise econômica interrompeu alguns avanços na redução da disparidade entre negros e brancos no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo, aponta boletim divulgado pela Fundação Seade e pelo Dieese. A diferença nas taxas de desemprego, por exemplo, que em 2014 foi de 1,9 ponto percentual, a menor desde 1985, cresceu para 2,9 pontos no ano passado: a taxa foi de 14,9% entre os negros (16,3% no caso das mulheres) e de 12% entre os não negros.
Diante do encurtamento do colchão social, o desespero começa a se fazer presente. A imprevisão do alcance de um novo emprego à mão de obra disponível torna o ambiente da involução social inaceitável.
Por Marcio Pochmann*
Nos últimos dois anos, por conta dos efeitos da crise econômica, o número de desemprego aberto no Brasil aumentou de 6 a 7% para 12%. Esses dados indicam que, somente nesse período, “quase cinco milhões de pessoas” perderam seus empregos, diz Clemente Ganz Lúcio à IHU On-Line. Essa situação só será revertida “quando a economia voltar a crescer” e a recessão for “estancada”.