Em reunião na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na capital paulista, na manhã desta sexta-feira (20), dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras definiram um calendário de ações contra as reformas da Previdência e trabalhista.
Os estrategistas inimigos dos trabalhadores pensam poder dividir o movimento sindical brasileiro, afastar suas direções da base e, se for possível, separar o movimento da dinâmica da sociedade tornando-o irrelevante.
Por João Guilherme Vargas Netto*
Mesmo limitado e concentrado em alguns setores, o Programa de Seguro-Emprego (PSE), novo nome do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), ajudou a manter postos de trabalho e deve ser mantido, avalia o Dieese, em nota técnica divulgada nesta sexta (13). Para o instituto, as mudanças feitas na Medida Provisória 761, editada em dezembro, preservaram a essência do programa.
Neste ano, o Brasil terá o maior aumento no número de desempregados entre as economias do G-20. Depois do golpe, o país será responsável por 30% das demissões do mundo e deve contabilizar mais 1,4 milhão de novos trabalhadores sem emprego até o ano de 2018. De cada três novos desempregados no mundo, um será brasileiro. Os números são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que divulgou um relatório sobre a ampliação do desemprego e o consequente aumento do risco de “agitação social”.
No campo, na cidade, em defesa dos estudantes, trabalhadores e mulheres, os jovens intensificam a luta contra o cenário de desmonte do Estado e conservadorismo que assola o país, reflexo do Golpe de Estado que rompeu com o regime democrático e ameaça o futuro promissor da juventude brasileira. Ao Portal Vermelho, lideres de diversos seguimentos dos movimentos sociais reafirmam a resistência para o ano de 2017 e analisam um cenário de desemprego e fim das garantias sociais.
Por Laís Gouveia
O nível de emprego na construção civil registrou queda de 14,5% no acumulado de 12 meses até novembro, gerando um saldo negativo de 437 mil postos de trabalho. Os dados foram divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os brasileiros continuam preocupados com a possibilidade de perder o emprego. O Índice de Medo do Desemprego voltou a subir e alcançou 64,8 pontos em dezembro, valor 3,6 pontos maior que o de setembro. Com isso, o indicador fechou o ano muito acima da média histórica de 48,4 pontos, informa a pesquisa divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A Política de Valorização do Salário Mínimo foi criada para garantir aumentos acima da inflação e fomentar a economia interna. Essa política ajudou no crescimento do país e na “erradicação da pobreza de milhões de brasileiros e brasileiras”, diz Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE e são semelhantes aos do trimestre móvel imediatamente anterior (junho a agosto), quando a taxa de desocupação fechou em 11,8%. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, foi registrada uma alta de 2,9 pontos percentuais.
O Brasil teve 116.747 postos formais de trabalho fechados no último mês de novembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (29). No acumulado de 2016 foram fechados 858.333 postos de trabalho, uma perda de 2,16% das vagas. Já nos últimos 12 meses, o número de empregos formais caiu de 40,3 milhões para 38,8 milhões, uma perda de 3,65%.
Em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (20), a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) chamou atenção para o registro nessa última segunda-feira (19), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do percentual de desemprego entre os jovens de 14 a 24 anos, que alcançou o índice de 27,7%, enquanto que, no geral, entre os trabalhadores de idade adulta, chegou a 11,8%.
Jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego, segundo texto da Carta de Conjuntura nº 33, divulgada nesta segunda (19), em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).