A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo teve ligeiro recuo de maio para junho, passando de 17,4% para 17%, segundo a pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. Também está abaixo de junho do ano passado (18,6%). Mas exatamente metade dos postos de trabalho abertos refere-se a empregos sem carteira assinada.
No Brasil e no mundo, os jovens são os mais afetados pelo desemprego crescente e permanente, faceta da atual crise econômica agravada pelas reformas trabalhistas de caráter neoliberal. Entre os brasileiros na faixa dos 18 aos 24 anos, o número de desempregados chega a 28,1%, de acordo com o IBGE.
As sucessivas ações de desinvestimento da Petrobras não têm razões técnicas, mas políticas. Essa é a avaliação de José Maria Rangel, coordenador licenciado da Federação Única dos Trabalhadores (FUP). Ao promover a privatização de importantes setores da petroleira, o governo federal está acabando com o conceito da Petrobras como empresa de petróleo integrada, critica Rangel.
O sonho de uma vida com mais oportunidades foi a força motriz que motivou durante alguns anos muitos trabalhadores a migrarem para o estado do Rio de Janeiro na esperança de construir um futuro melhor a partir dos empregos gerados pela cadeia produtiva do petróleo e gás.
Enquanto não houver uma revisão da forma de formalização do mercado de trabalho, o problema continua. Essa reforma impede uma sustentação do emprego.
Por Marcio Pochmann*
Hoje no Brasil o desemprego, ou sua ameaça, é o que mais aflige os cidadãos. São mais de 28 milhões vivendo na penúria de não ter seu ganha-pão ou submetendo-se ao trabalho precário.
Por João Carlos Gonçalves (Juruna)*
Desemprego atinge pessoas com nível superior e médio, cresce entre trabalhadores não brancos e é especialmente cruel com os mais jovens, atingindo 28,1% na faixa dos 18 aos 24 anos.
Por Marcio Pochmann*
Com o Brasil acumulando 13,2 milhões de desempregados no trimestre encerrado em maio, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o trabalhador brasileiro olha sem esperança para o futuro. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o medo do desemprego cresceu 4,2 pontos no segundo trimestre deste ano, chegando aos 67,9 pontos, o pior resultado da série história iniciada em 1996.
A reforma trabalhista completou 6 meses em maio. Os números do IBGE (Pnad-c) revelam um país com mais desemprego e mais informalidade. E ainda, os trabalhadores estão mais desprotegidos, perderam o acesso à Justiça para reclamar os seus direitos e assistem ao desmonte das suas entidades sindicais.
Por Orlando Silva*
O Brasil precisará de pelo menos 10 para retomar o nível de emprego e renda alçado pelos governos Lula e Dilma. É o que revela o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado nesta quinta-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O desemprego no país ficou em 12,7% no trimestre encerrado em maio, de acordo com o IBGE. O índice é considerado estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior, encerrado em fevereiro, quando a taxa era de 12,6%. Na comparação com o mesmo período de 2017, quando o percentual era de 13,3%, houve queda. Mais uma vez, o resultado só não foi pior, graças ao aumento da informalidade e do desalento.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou, na última quinta-feira (21), instrução normativa (IN TST 41/18) que define marco temporal para a aplicação das novas regras trazidas pela Reforma Trabalhista.