Instituto observa que a maioria da população jovem do país está efetivamente procurando trabalho ou envolvida em tarefas domésticas. Solução passa por crescimento da economia e políticas públicas de emprego e educação.
Em outubro, país teve 11,6 milhões de trabalhadores sem direitos trabalhistas, um aumento de 5,9% em comparação com o mesmo período em 2017.
Por Marize Muniz, da CUT
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 11,9% no terceiro trimestre de 2018, mas chega a 14,4% na Região Nordeste, a 13,8% para a população parda e a 14,6% para a preta – grupos raciais definidos na pesquisa conforme a declaração dos entrevistados. Quando analisado o gênero, as mulheres, com 13,6%, têm uma taxa de desemprego maior que a dos homens, de 10,5%.
Por Vinícius Lisboa, da Agência Brasil
Pesquisa mostra que, na comparação com as taxas médias de desemprego, negras e jovens entre 18 e 29 anos são os dois grupos mais afetados.
Exibindo completo desconhecimento sobre o assunto, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta segunda (5), que o cálculo do desemprego, feito pelo IBGE, é uma “farsa”. Ele disse ainda que pretende alterar a metodologia. As declarações, dadas em entrevista à TV Band, preocuparam economistas – que temem manipulações de dados no futuro governo – e foram rebatidas, em nota, pelo sindicato nacional de funcionários do instituto de pesquisa (ASSIBGE).
A taxa de desemprego caiu e a ocupação aumentou no trimestre encerrado em setembro, mas isso aconteceu praticamente sem criação de vagas formais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.
Segundo diretor técnico da entidade, planos de governo dos candidatos para a economia do país devem estar alinhados ao combate ao desemprego e à geração de renda dos trabalhadores.
Em 12 meses, são mais 435 mil vagas sem carteira e 437 mil por conta própria. Mercado formal fecha 444 mil. País tem 600 mil desalentados a mais, para um total de 4,8 milhões.
A prolongada crise econômica, o desemprego recorde e a reforma Trabalhista do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) estão derrubando a arrecadação líquida do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). O Relatório de Receitas e Despesas do governo federal mostra que a arrecadação caiu R$ 1,95 bilhão no 3º bimestre encerrado em agosto. No acumulado do ano, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a queda de receitas para o setor foi cerca de R$ 15 bilhões.
Por Tatiana Melim
Há um fenômeno estrutural de aumento dos empregos vulneráveis (trabalhadores por conta própria, trabalhadores familiares auxiliares e assalariados sem registro) em um contexto de altas taxas de desemprego de longa duração".
Por Clemente Gaz Lúcio*
O desemprego é um dos principais desafios do próximo Presidente da República, depois do verdadeiro "extermínio" de vagas promovido pelo ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), que aprovou "reforma" Trabalhista argumentando que a mudança da Lei modernizaria as relações de trabalho e contribuiria para criar milhares de emprego.
De 2015 a 2018, país ficou com 3,3 milhões de desempregados a mais, segundo a pesquisa do IBGE. Pelo dados do Ministério do Trabalho, foram eliminados 2,2 milhões de postos de trabalho formais.