O desemprego em massa será um dos impactos do avanço da automação no Brasil nos próximos 20 anos. Estão em risco 9,2 milhões dos 16 milhões de empregos com carteira assinada criados no País entre 2003 e 2016. Esses postos de trabalho têm ao menos 70% de chance de sucumbirem à chegada de máquinas controladas por computadores, conforme estudo do Laboratório do Futuro, ligado ao Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou as redes sociais para cobrar de Jair Bolsonaro soluções diante do grave quadro econômico em que se encontra o país. Para ele, é hora de tomar medidas concretas em vez de prosseguir na retórica ideológica que tem marcado o governo.
Por Iram Alfaia
Desemprego cai, mas 87,1% dos trabalhadores que entraram no mercado estão sob condições de informalidade.
A História mostra que, com medidas de austeridade e crescentes taxas de desemprego estrutural, a miséria e a desigualdade social tendem a se agravar. Isso resulta, dentre outras mazelas, na elevação das taxas de suicídios. Seria um recurso sistêmico e (in)consequente de uma política higienista de “eliminação dos indesejáveis” – a redução dos extratos saturados do exército industrial de reserva e/ou do lumpemproletariado? Seria o suicídio “não um ato livre, mas ideológico”?
Por Bruno Chapadeiro*
Ivana Taís tem 21 anos, duas filhas e ensino médio incompleto. Deixou o Maranhão há três meses porque trabalhava numa padaria das 7h às 19h para ganhar R$ 300 por mês. Na segunda-feira, chegou às 23h no mutirão do emprego promovido pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Por Maria Cristina Fernandes*
O alto nível de desemprego dificulta a inserção no mercado de trabalho de quem acaba de se formar, prejudicando carreiras e causando perdas para a economia do país.
Por Gustavo Monteiro*
A taxa de desemprego no Brasil caiu de 12,5% para 11,8% na passagem do trimestre encerrado em abril para o trimestre terminado em julho. Mesmo com a queda, ainda tem 12,6 milhões pessoas em busca de trabalho. Além disso, a melhora na taxa de desocupação está relacionada ao aumento do trabalho informal, que bateu recorde. É o que apontam os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30) pelo IBGE.
A atividade da construção civil perdeu 31% de nos últimos 20 trimestres, retornando ao patamar de dez anos atrás. Ou seja, desde 2015, início da crise econômica que o setor vem amargando perdas até chegar ao quadro atual de recessão.
Sob o pretexto de “desonerar a folha de pagamento” e gerar empregos, o governo Jair Bolsonaro (PSL) prepara um pacote que, na prática, liquida os direitos dos trabalhadores sem experiência profissional. Pior: embora agrade aos empresários – por aumentar as margens de lucro –, o pacote não tem contrapartidas que garantam a criação de postos de trabalho. Há riscos de que trabalhadores experientes e formalizados sejam demitidos para dar lugar à mão de obra precarizada.
Por André Cintra
Por:
Euzébio Jorge Silveira de Sousa*
Carlos Eduardo Siqueira**
O mercado de trabalho no Brasil registra números estarrecedores – que vão além dos índices de desemprego e subemprego. Segundo levantamento da consultoria IDados, publicado nesta quarta-feira (21) no jornal Valor Econômico, o País tem, hoje, 24,1 milhões de pessoas que trabalham por conta própria. Pior: 41,7% desses trabalhadores informais vivem com menos de um salário mínimo por mês. Isso significa que 10,1 milhões dos brasileiros “por conta” têm rendimento inferior a R$ 998 mensais.
A taxa de desemprego entre a população de 18 a 24 anos superou o dobro da média geral no 2º trimestre deste ano. Enquanto a desocupação entre os jovens ficou em 25,8%, o percentual total foi de 12%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 4 milhões de jovens estão sem emprego no País. Ao todo, são 12,7 milhões de desempregados.